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Liga dos Campeões: Barcelona responde a reviravolta com remontada graças a toque de Xavi (2-3)

Christensen saltou do banco e apontou o golo da vitória na primeira vez que tocou na bola
Christensen saltou do banco e apontou o golo da vitória na primeira vez que tocou na bolaAFP/Opta by Stats Perform

O antigo médio levou a melhor sobre o ex-treinador em mais um encontro de grande nível nesta primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Raphinha colocou os catalães na frente, aos 37 minutos, Dembelé (48) e Vitinha (51) fizeram a reviravolta de rajada na segunda parte, mas Xavi foi ao banco buscar a remontada através de Pedri, que assistiu o ex-Sporting (62), e Christensen (77).

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Nuno Mendes e Vitinha - Danilo Pereira e Gonçalo Pereira no banco - foram titulares diante de um Barcelona que alinhou com João Cancelo e deixou Félix no banco de suplentes. Outro motivo de interesse, que acabou por ter impacto na partida, foi a escolha de Luis Enrique para lateral direito, optando por Marquinhos, em vez de Warren Zaire-Emery, para suprir a ausência de Hakimi. 

Pontuações no final do jogo
Pontuações no final do jogoFlashscore

Meia parte de avanço

Os parisienses até entraram melhor no encontro, com ímpeto ofensivo e Nuno Mendes numa dupla ameaçadora com Mbappé no flanco esquerdo, mas sem criar grande perigo à baliza de Ter Stegen. O Barcelona, por seu lado, mostrava-se muito pragmático e não demorou muito até que Lewandowski começasse a tirar partido da inexperiência de Lucas Beraldo no eixo. 

Já depois de ter feito uma finta de corpo que tirou o central da jogada e quase deixou Raphinha isolado - valeu a atenção de Donnarumma -, o polaco subiu mais alto num canto e cabeceou para golo, mas Nuno Mendes evitou em cima da linha. O extremo blaugrana ex-Sporting e Vitória SC também se mostrava endiabrado e obrigou o guarda-redes italiano a uma grande estirada de meia distância.

Depois dos avisos, eis que chegou o golo dos culé. Num excelente trabalho individual - e sobre Beraldo -, Lewandowski recebeu no meio da muralha defensiva, ganhou espaço e soltou em Yamal, o cruzamento de trivela da jovem pérola obrigou Donnarumma a sair dos postes para evitar o golo certo do polaco e lá estava Raphinha a aproveitar a sobra para colocar os catalães em vantagem.

Estatísticas ao intervalo
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Recuperação, reviravolta e... resposta

Se a primeira parte só levou perigo a uma das balizas, o reatamento foi um autêntico plot twist com mão de Luis Enrique, que lançou Barcola no lugar de Asensio. Dois minutos volvidos e, na ressaca a um cruzamento de Mbappé, Dembelé simulou o remate de pé direito, ajeitou para o esquerdo e lançou um míssil que deixou Ter Stegen preso ao relvado. No reencontro com a antiga equipa, o francês festejou o segundo golo esta época.

Os adeptos parisienses nem tiveram tempo de festejar o empate porque, logo a seguir, comemoraram a reviravolta numa belíssima jogada coletiva entre Barcola, Kang In Lee, Fabian Ruiz e Vitinha. O espanhol colocou a bola redondinha para a desmarcação muito bem feita do médio para a grande área, o português dominou e rematou cruzado fora do alcance de Ter Stegen.

Tal jogador, tal treinador

Pouco depois, foi Barcola a trocar as voltas a Cancelo e a disparar à trave. O Barcelona estava aos papéis, Xavi precisava de mexer para desbloquear o empate. Pedri e João Félix foram a jogo e, embora o português não estivesse envolvido, o espanhol, no primeiro toque na bola, enviou um autêntico rebuçado para Raphinha que apareceu sozinho na área e rematou de primeira para restabelecer o empate. Nuno Mendes e Lucas Beraldo não ficaram muito bem no quadro de composição hispano-brasileira.

Vitinha assumia-se como o farol da Cidade das Luzes ao criar excelentes oportunidades para os companheiros, mas primeiro Barcola, isolado na área, espantou-se e esqueceu-se de rematar, depois Dembelé fez o oposto do colega e rematou de primeira, mas acertou no poste. Xavi viu-se obrigado a reagir novamente e lançou Christensen e Ferran Torres.

Resultado imediato: também na primeira vez que tocou na bola, o defesa central saltou mais alto na pequena área para dar o melhor seguimento ao pontapé de canto cobrado por Gundogan. Xavi a ler o jogo de forma perfeita no banco de suplentes, tal como o fazia quando dominava o miolo dos catalães. 

Os espanhóis colocaram o cadeado na defesa, baixaram linhas e deixaram que o desgaste e a pressão das bancadas afetasse o PSG. Num duelo sobre "quem é mais Barcelona?", o pupilo Xavi superou o seu antigo mestre, mas a eliminatória continua em aberto e Mbappé, algo desaparecido no segundo tempo, terá uma palavra a dizer na Catalunha, onde, da última vez, apontou um hat-trick.

Estatísticas no final do encontro
Estatísticas no final do encontroOpta by Stats Perform