Slovan Bratislava 2-3 AC Milan
Ainda sem convencer os adeptos rossoneri e na ressaca de um nulo aborrecido na receção à Juventus, Paulo Fonseca jogava na Eslováquia uma cartada decisiva para o seu futuro no banco de suplentes... onde deixou Rafael Leão.

Ainda assim, os italianos começaram melhor a partida e aproveitaram um belo trabalho de Tammy Abraham (e uma defesa partida), que isolou Pulisic e o norte-americano não desperdiçou, apesar de um remate algo atabalhoado, aos 21 minutos.
Porém, logo a seguir, num pontapé de canto para os milaneses, Barseghyan arrancou desde trás do meio-campo completamente sozinho e não perdoou à saída de Maignan, com um toque de classe. Até ao intervalo, continuaram as dificuldades da turma do português.
Rafael Leão saltou do banco de suplentes para a segunda parte e demorou menos de 20 minutos a deixar a sua marca na partida. Um grande passe de Fofana contou com a simulação de Abraham, com o internacional português a imitar o adversário e a picar à saída do guarda-redes, aos 68'.
O inglês viu recompensada a sua exibição altruísta quando, aos 72', Strellec passou para trás sem olhar e o avançado aproveitou dentro de área para bater o guarda-redes.
No entanto e para evidenciar o quão difícil está a ser a missão do técnico português, o Slovan Bratislava acabaria por relançar a partida já perto dos 90 minutos, num grande remate de Marcelli de fora da área. Ainda assim, os eslovacos ficaram reduzidos a 10 após Tolic ter visto dois cartões amarelos num minuto e os italianos acabaram por segurar três pontos muito importantes.
Sparta Praga 0-6 Atlético Madrid
O jogo começou com um aviso checo e uma defesa de Oblak. Felizmente para o Atleti, foi apenas o habitual empurrão inicial, o "estou em casa e mando aqui" para fazer boa figura perante os adeptos. Mas, a partir daí, o Sparta recuou, deu a bola por perdida e começou a defender-se com tudo e todos para tentar um contra-ataque. Numa das poucas tentativas, Haraslin, o jogador mais perigoso dos anfitriões, lesionou-se.

Nessa altura, a equipa de Simeone já estava em vantagem graças a um livre cobrado por Julián Álvarez. Precisão cirúrgica, direto para tirar as teias de aranha da trave de Vindahl, que foi uma estátua de si próprio. Um grande golo.
Com a vantagem, o Atleti procurou duplicar, mas estava difícil, por vezes devido a má finalização, como o cabeceamento falhado de Giuliano Simeone, e outras vezes devido ao guarda-redes, que negou o golo a De Paul e, sobretudo, a Sorloth. Até que, em cima do intervalo, o cruzamento de Llorente entrou depois de o avançado norueguês, a meio caminho entre pentear a bola e deixá-la passar, ter enganado Vindahl.
Após o início da segunda parte, os rojiblancos não quiseram especular e, com a superioridade de Llorente e Giuliano no flanco direito, procuraram selar a vitória. O terceiro chegou com uma boa saída de bola, um toque ligeiro do recém-entrado Griezmann e uma corrida de Julián Álvarez, que, depois de combinar com Simeone, bisou.
O príncipe francês, aliás, não podia ter aproveitado melhor os seus minutos. À meia-volta, dentro da área e com o pé direito, fez o 0-4. Vindahl podia ter feito mais, é certo, mas Grizzy estava a ter um bom dia e o seu primeiro remate à baliza foi para o fundo das redes.
Mais dois golos viriam a completar a goleada, depois de os checos terem somado falhas. O Atleti, recuperando a sua essência de equipa de contra-ataque, não perdoou com um Angel Correa que não quis ser inferior aos companheiros e juntou-se à festa dos golos com um bis. Primeiro, rematou à boca da baliza. Depois, ainda antes dos descontos, numa jogada individual cheia de qualidade e potência.