Pep Guardiola está a tentar conquistar o seu terceiro título da Liga dos Campeões como treinador. Já lá vão 12 anos desde a última vez que conquistou o título, desde que comandou a melhor equipa de sempre do Barcelona, e está a um passo de sentir uma sensação que já passou há muito tempo. Depois de não ter conseguido levantar a orelhuda com o Bayern de Munique, tem agora uma oportunidade fantástica, mais uma, ao leme do Manchester City.
O salto para a equipa principal deu-se na época 2008/09. Foi responsável pela equipa de juniores pouco antes de começar a dirigir um plantel com muitos nomes importantes(Samuel Eto'o, Xavi Hernández, Andrés Iniesta, Leo Messi, etc.). Tomou decisões drásticas - como as saídas de Ronaldinho e Deco - e conseguiu um inesquecível hexacampeonato para os adeptos Culé.
Esses jogadores estão agora reformados ou praticamente no fim das respetivas carreiras. A realidade para Guardiola é diferente: Erling Haaland, Bernardo Silva, Kevin de Bruyne, Rodri Hernandez? São plantéis e contextos diferentes, mas, para além das comparações - talvez odiosas -, há uma coisa em comum: são jogadores que estão a deixar a sua marca - ou estão a caminho de a deixar.
Os ingleses superaram o rei da Europa, o Real Madrid, que foi o culpado pelo facto de não terem chegado à final em 2022. A reviravolta no Santiago Bernabéu foi quase divina: das defesas de Thibaut Courtois aos golos de Karim Benzema... O catalão não podia acreditar e, no entanto, passou por cima de Carlo Ancelotti e dos seus jogadores no último jogo.
Uma crítica muito específica
É um facto que Pep sempre teve alguns dos melhores jogadores do mundo ao nível da elite. E sobretudo em Manchester, um músculo económico muito superior ao dos seus concorrentes. No entanto, apesar desta situação privilegiada, não vence a Liga dos Campeões desde 2011 e ainda nunca a ganhou fora de casa. É por isso que se diz que o futebol é o rei dos desportos.
Agora, depois de vencer a Premiership em cinco das últimas seis edições, está muito perto de calar as vozes mais críticas. O Inter, tal como o Chelsea em 2021, terá a missão de tentar evitar que isso aconteça, embora os italianos saibam que o City é o favorito. A 90 minutos do fim, como já foi provado inúmeras vezes, tudo pode acontecer.