Milão e Inter já estão de olho no dérbi para a Champions

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Milão e Inter já estão de olho no dérbi para a Champions

O Inter avançou para as meias-finais depois de vencer o Benfica com um agregado de 5-3
O Inter avançou para as meias-finais depois de vencer o Benfica com um agregado de 5-3AFP
O dérbi de Milão está de volta ao palco central do futebol europeu, quando os dois clubes gigantes da cidade italiana se encontrarem no que promete ser uma meia-final incandescente da Liga dos Campeões.

A perspetiva de dois jogos cheios de cor, pompa e circunstância, entre rivais locais, que entre eles foram coroados reis da Europa por dez vezes, dominará a discussão em Milão, e recordará aos adeptos quando o futebol italiano teve a legítima pretensão de se intitular o melhor do mundo.

Antes do sorteio dos quartos de final da Liga dos Campeões, o antigo diretor-geral do AC Milan , Adriano Galliani, estava desesperado por não ter sido sorteado com outra equipa italiana.

Galliani, que foi o braço direito de Silvio Berlusconi durante os anos dourados do AC Milan, já tinha passado por um dérbi na competição de clubes de topo da Europa dois anos antes.

Mas, apesar de o AC Milan ter vencido a Juventus e levantado o troféu pela sexta vez em 2003, Galliani não tinha vontade de repetir essa experiência.

"Acima de tudo, não quero o Inter porque para aqueles de nós que vivem em Milão seria um inferno", disse Galliano.

"Lembro-me das semanas que antecederam aqueles dois dérbis em 2003 e foram as piores de todas ao nível de tensão pré-jogo", acrescentou o dirigente.

No final, o desejo de Galliani não foi concedido e nos quartos de final viveu-se aquele que terá sido, possivelmente, o dérbi mais lembrado de sempre, com um cenário infernal depois do AC Milan ter vencido por 2-0.

Andriy Shevchenko fechou o empate aos 30 minutos, mas um golo de Esteban Cambiasso foi anulado já na reta final, levando à furia entre os adeptos do Inter, que lançaram foguetes para o relvado, junto ao guarda-redes do AC Milan, Dida.

Os jogadores regressaram aos balneários e esse jogo ficou eternizado como o "Dérbi da Vergonha". O AC Milan viu ser-lhe atribuída a vitória por 3-0, passou às meias-finais com um agregado de 5-0 e acabou por cair na final diante do Liverpool, numa das finais mais emocionantes da Liga dos Campeões de todos os tempos.

Uma nova era

Muitos anos se passaram desde esse "Dérbi da Vergonha", com os dois clubes de Milão a fazerem uma travessia no deserto até conquistarem, entre eles, os dois últimos títulos de campeão da Serie A.

Na época passada, o AC Milan destronou o Inter numa emocionante corrida pelo título, que durou até ao último dia. Agora, enquanto ambas as equipas estão a quilómetros de distância do líder isolado deste ano, o Nápoles, o dérbi nas meias-finais apresenta dois gigantes novamente sentados à mesa da Champions.

"Para nós, este dérbi é uma oportunidade de vingança, uma vingança da história e uma vingança também pelo ano passado. Isto significa muito porque quando começámos os nossos jogadores não tinham experiência na Liga dos Campeões e nunca tinham ganho nenhum troféu. Agora estamos cheios de campeões e cheios de jogadores que pretendem ir até ao fim. Isso significa muito para todos nós", disse o presidente do Inter, Steven Zhang, após o jogo da segunda mão dos quartos de final, diante do Benfica.

O Inter teve o melhor dos três dérbis jogados até agora esta época: perdeu por 2-3 em setembro mas esmagou o AC Milan por 3-0, na Supertaça, em janeiro, na Arábia Saudita, repetindo o triunfo mas por 1-0 para a Serie A, no mês seguinte.

E, embora a campanha deste ano no campeonato tenha sido uma enorme deceção, com 11 derrotas em 30 jogos, a equipa de Simone Inzaghi mostrou repetidamente que pode mudar o chip para os jogos de maior pressão.

Entretanto, depois de uma triste queda após o Campeonato do Mundo, o AC Milan está mais parecido com a equipa que venceu o Scudetto em maio, impulsionado pelo facto de ter eliminado nos quartos de final o Nápoles, futuro campeão italiano.

"Vimos nestes últimos dois anos, jogámos muitos jogos com o Milan e eles são uma equipa muito boa. Tudo depende da forma como cada equipa está antes do jogo", referiu Simone Inzaghi.