Recorde aqui as incidências do encontro
O regresso de Simeone à casa que representou durante três épocas ficou marcado também pelo jogo 100 de Cholo na Champions. Sem portugueses nos respetivos plantéis, a primeira parte também não ofereceu grandes motivos de interesse.
O Inter partiu como favorito, não só por ser vice-campeão europeu, mas também pela excelente temporada da turma de Inzaghi, primeira classificada na Serie A com larga vantagem, com oito vitórias consecutivas em todas as competições e sem perder desde final de outubro. Mas se há osso duro de roer, independemente das circunstâncias, é o Atleti.
Os nerazurri estiveram por cima ao longo da primeira parte, mas só por duas vezes ameaçaram a baliza de Oblak e ambas pelo suspeito do costume. Lautaro Martínez cabeceou à figura do eslovaco, depois Marcus Thuram trabalhou bem para oferecer o golo ao argentino, cujo remate fraco saiu travado por Giménez.
O reinício trouxe duas novidades, uma para cada lado: Savic rendeu Giménez no eixo defensivo espanhol e o endiabrado Thuram deu lugar a Arnautovic, ambos retirados por questões físicas.
O austríaco tinha tudo para ser o herói da noite, apesar da pontaria descalibrada: não conseguiu dar o melhor seguimento a um bom cruzamento de Dimarco, num lance difícil de finalizar, a seguir combinou muito bem com Lautaro dentro de área e, com tudo para fazer o golo... atirou por cima. Os adeptos do Inter foram ao desespero e suspiravam sempre que tocava na bola.
Os madrilenos continuavam iguais a si mesmos, com muito pouca produção ofensiva, mesmo com a entrada de Álvaro Morata. Já a pontaria acertada de Lautaro encontrava sempre um Oblak pelo caminho.
Até que, aos 79 minutos, um erro de Hermoso e De Paul permitiu que o argentino fugisse isolado para a baliza, que voltou a ser travado pelo guardião, mas na recarga lá estava ele, como num guião de Hollywood, Marko Arnautovic a aproveitar para fazer as pazes com os adeptos.
Como seria de esperar, o Atlético cresceu com a desvantagem e partiu na procura do empate, que ficou a centímetros de acontecer num cabeceamento de Morata, perto do minuto 90. Foi demasiado pouco e demasiado tarde, mas fica a certeza de que a eliminatória ainda está em aberto e o Inter vai ter de enfrentar a fúria do Metropolitano, no dia 13 de março.