Discurso de Arteta: “Acho que o ambiente faz parte do que é o futebol. Estes ambientes onde há muita paixão, muita vontade de apoiar o Arsenal, mas nós temos os nossos adeptos, em menor número, mas com mais paixão ainda e vontade. Tudo o que é declarações, isso não joga, é quem vai lá para dentro, a estratégia, a atitude. Mais palavra, menos palavra, às vezes diz-se coisas que mais tarde não teríamos dito daquela forma”.
Objetivo: “Sabemos que, à imagem do jogo da primeira mão, é uma tarefa muito difícil. Não podemos esquecer que a diferença é muito maior nesta competição. Estamos a falar da segunda equipa como maior valor de mercado e nós, agora que saiu a Lazio, somos a com menos. Isso vale o que vale, quando a bola começa a rolar há qualidade do lado e outro, equipas técnicas competentes em qualquer um dos bancos e nós temos que olhar para o que é a nossa equipa, observando e vendo o que adversário pode fazer. Coletivamente é uma equipa bem treinada, que sabe e percebe todos os momentos do jogo e não só. Tem uma agressividade interessante, esquemas táticos também, é uma equipa completa. Qualquer um dos jogadores que compõe o plantel do Arsenal é fortíssimo. Olhamos com respeito e não com receio, queremos ganhar o jogo”.
Francisco Conceição: “Faz parte da evolução do jogador, não é só ele. O Nico González, o Varela, jogadores jovens, que estão num processo evolutivo. Percebemos a qualidade que eles têm, depois há momentos que eles vão passando, em que a travessia do deserto, a azia por terem menos minutos e continuando a trabalhar no máximo não é fácil. Quando se dá a oportunidade não pode ser só num jogador, por isso só aqueles que acreditam nos momentos mais difíceis é que conseguem. Não quero entrar muito no ponto pessoal, não é justo, temos um jogo amanhã (terça-feira), estamos preocupados com o Arsenal. O Francisco faz parte de um grupo de trabalho jovem que temos, talvez a mais jovem nesta fase da Liga dos Campeões. Existe qualidade é uma maravilha representar o clube histórico como o FC Porto e estar nestes palcos faz parte do crescimento. Eles têm de evoluir a ganhar, representamos um clube que independentemente de percebermos a diferença de tudo o que representa o Arsenal – que tem testes de Liga dos Campeões todas as semanas. Eles vão querer ser mais competentes, não tanto por demérito, mas por mérito do FC Porto”.
Surpreender o Arsenal: “Cada jogo tem a sua história e dentro daquilo que são as características podem numa ou outra situação fazer algo diferente e temos de antecipar. Mesmo durante o jogo há correções a fazer, os jogadores têm de estar preparados para isso, porque jogar o Gabriel Jesus ou Havertz é diferente, o Trossard ou Martinelli é diferente na esquerda, estar o Jorginho no meio-campo é diferente do Rice mais recuado. Muda consoante as características dos jogadores e temos de perceber o que não fizeram e vão querer explorar. Temos de estar preparados para dar essa resposta a nível defensivo, acutilantes a nível ofensivo, porque queremos vir marcar golos”.
Mais bola: “Não me queria alongar muito no plano estratégico. O Arsenal rematou a baliza, não foi enquadrado. Agora acho que vai querer chegar mais rápido ao último terço, lá tentaram de forma mais ligada. Vamos ter de tirar ao máximo do nosso terço defensivo, onde o adversário tem jogadores muto fortes.
Dificuldades em Inglaterra: “Os jogos são todos diferentes, mas é uma equipa que está inserida no melhor campeonato do mundo. Estão habituados a uma intensidade e a um nível que é muito superior a todos os adversários. Percebemos isso, somos sempre competitivos e amanhã vamos ser competitivos. Lembro-me do Manchester City que temos a possibilidade de fazer o 2-0 e depois houve um penálti que foi o que foi e o jogo virou. Os jogos têm histórias diferentes, amanhã vão aparecer outras dificuldades. Temos de olhar para o adversário para perceber o que temos de fazer, focados, com humildade e respeito, mas sem receio porque temos 11 jogadores com qualidade, mais cinco reforços que vão lá para dentro e estamos confiantes em fazer um bom jogo”.