Ex-futebolista Sílvio assume que fim de carreira foi decisão “pensada e calculada”

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Ex-futebolista Sílvio assume que fim de carreira foi decisão “pensada e calculada”
Sílvio terminou a carreira no Vilafranquense, da Liga 2
Sílvio terminou a carreira no Vilafranquense, da Liga 2Instagram/Vilafranquense
O ex-futebolista Sílvio Pereira assumiu que a decisão de terminar a carreira estava definida desde o início da temporada 2022/23 e que foi “muito bem pensada e calculada”.

“Já tenho 35 anos e estava um pouco cansado da rotina do treino. No futebol há muitos mais treinos do que competição, mas se fosse ao contrário se calhar ainda continuava a jogar”, confessou em entrevista à Lusa.

Mas para o fim de ciclo pesou também o facto de considerar que já não iria voltar a outros patamares. “Talvez também por ser um contexto de Liga 2 e pelo facto de saber que, por mais que fizesse, já não iria regressar à Liga”, contou o jogador que alinhou pelo Vilafranquense na última época.

Sílvio Pereira cumpriu toda a formação no Benfica, clube que deixou após concluir a etapa formativa, antes de ter tido uma fugaz passagem, à experiência, no Chelsea. “A passagem à final da Liga Europa pelo Sporting de Braga, em 2010/11, curiosamente contra o Benfica. Ninguém estava à espera que fossemos à final e essa passagem foi emocionante”, atirou.

Mas houve mais dois momentos marcantes: a final da Liga Europa ganha com as cores dos espanhóis do Atlético de Madrid (2011/12) e o primeiro título português conquistado com o Benfica (2013/14), que considera o “clube do coração”.

Sílvio admite que, “depois de uma carreira de Primeira Liga, e até internacional, jogar numa Liga 2 não é fácil”, embora garanta que encarou bem essa mudança. “Falei com a minha família, e o mais importante é, enquanto tivermos paixão pelo desporto, continuarmos. Não ter vergonha de nada, seja na Liga 2 ou na Liga. Nunca ninguém me deu nada na vida nem na minha carreira, também não iria ser agora que ia esperar alguma coisa”, assumiu.

Feita uma retrospetiva a um trajeto de que muito se orgulha – e que espera que desperte o mesmo sentimento aos três filhos ainda pequenos –, e confrontado com o que almeja fazer futuro, Sílvio foi perentório.

“Terminei o curso de direção desportiva, é uma área que me interessa bastante. Isso ou o agenciamento de jogadores. Dentro do futebol vejo-me nessas duas coisas. Não tenho pressa nenhuma para fazer nada, mas se continuar ligado ao futebol será por aí”, antecipou, deixando para segundo plano a hipótese de se tornar treinador de futebol.

Lesões impediram-no de jogar Europeu e Mundial

“Tanto em 2012 (Europeu) como em 2014 (Mundial) a expetativa era alta. Fiz a fase de qualificação para ambas as provas, mas em abril de 2012 sou operado ao joelho e, em 2014, parto a perna em abril e também fico de fora do Mundial. As lesões não me deixaram chegar a esse patamar”, disse o internacional AA por oito ocasiões.

Ainda assim, considerou em entrevista à Lusa, a “dor” foi mitigada por saber que apenas não foi convocado por não estar em condições físicas. “Tenho pena, mas acalma-me sentir que não foi por falta de qualidade ou de profissionalismo”, confessou o antigo jogador.

No percurso, há momentos que não esquece, nomeadamente as lesões por que foi tantas vezes fustigado. “Em 2012, chumbei nos exames médicos antes de assinar pelo PSG (Paris Saint-Germain). Não se concretizou porque não estava bem do joelho”, relembrou, salientando, todavia, que “até foi bom não ter ido”, uma vez que a “expectativa era alta” e, provavelmente, não iria corresponder à exigência porque não se sentia “bem fisicamente”.

Foram vários os períodos de ausência, e, nesse capítulo, há episódios que jamais esquecerá. “Na minha primeira época pelo Atlético de Madrid, estava a regressar de lesão e começo a treinar, mas há uma bola que quero rematar e assim que bato na bola, senti exatamente as mesmas dores que tinha antes da operação”, abordou, afirmando ter sido “um momento duro”.

Alexis Sánchez e Hulk

O chileno Aléxis Sánchez e o brasileiro Hulk foram os adversários mais difíceis de enfrentar para o ex-futebolista Sílvio Pereira, colocando Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão e Juan Carlos Valerón entre os melhores com quem jogou.

“O Alexis Sánchez era fenomenal (no FC Barcelona). Jogava no Deportivo da Corunha, fomos jogar a Camp Nou e tive de dar tudo o que tinha e o que não tinha para estar bem no jogo e para o travar. É muito rápido e explosivo, sabe usar o corpo. Foi o mais difícil”, destacou o antigo defesa, em entrevista à Lusa.

Mas nesta lista também há espaço para Hulk, que enfrentou por várias ocasiões quando o brasileiro estava no FC Porto. “Sempre que jogava contra ele era uma guerra”, brincou.