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Rúben Amorim: “Acreditamos que podemos passar, mas vão ser 90 minutos de dificuldade”

Rúben Amorim confiante para o duelo
Rúben Amorim confiante para o dueloAFP
O treinador do Sporting fez, esta quarta-feira, a antevisão do jogo com a Juventus, a contar para a segunda mão dos quartos de final da Liga Europa. Depois da derrota em Turim (0-1), Rúben Amorim mostrou-se confiante em garantir a passagem à próxima fase, pese embora reconheça as dificuldades.

“Acima de tudo acho que esta equipa já demonstrou durante o campeonato que nestes jogos supera-se, que tem muito à-vontade, que é atrevida e até consistente. Tirando os jogos com o Marselha, costumamos ser fortes nestes jogos. Em Turim criámos oportunidades, controlámos bem aos pontos fortes da Juventus, não fomos tão eficazes e isso fez a diferença. Temos sensações boas, mas foi dito aos jogadores que este jogo foi completamente diferente, há pormenores que mudam o jogo: Eles chegam com vantagem, não jogam no estádio deles e as equipas grandes nestes momentos têm alguma ansiedade do seu público, não vão ter isso aqui. O jogo vai ter momentos diferentes e temos de ser inteligentes temos 90 minutos para gerir isso e pelo menos empatar a eliminatória. Óbvio que acreditamos que podemos passar, mas temos noção que vamos ter 90 minutos de dificuldade. Se for como o Arsenal serão 120’, penáltis, mas o importante é que temos capacidade para dar a volta”, atirou Rúben Amorim.

Perante uma Juventus em vantagem, o treinador do Sporting espera um conjunto italiano com três médios e justifica com as palavras de Allegri.

Em relação à Juventus espero um 3x5x2, mas pelas palavras do mister Allegri que disse que tinha controlado melhor o jogo com três médios. Poderá ser em 4x3x3 ou 3x5x2. As características mudam se joga o Di Maria ou o Chiesa como segundo avançado. Esperamos três médios, não necessariamente o Pogba, poderá ser o Fagioli, estamos preparados para vários cenários, mas não muda muito, a construção é feita com quatro, porque o Kostic joga sempre encostado na linha e à frente. Não vamos ser surpreendidos por aí. É uma equipa recheada de bons valores e basta mudar um que muda a forma de jogar, temos de estar preparados para isso. Fala-se muito da falta de concretizar as oportunidades do Sporting, olhando para o outro lado não vemos oportunidades do outro lado. Temos de ser eficazes a atacar e defender para passar a eliminatória”, explicou, falando das dificuldades pese embora o domínio no primeiro jogo: “Eles têm plena noção da dificuldade. Vimos muitos jogos da Juventus, tem a capacidade de jogar alto e baixar o bloco contra qualquer adversário. Eles sabem que do outro lado está Di María, Vlahovic, são os quartos de final da Liga Europa, não têm feito um campeonato muito bom e não passa pela cabeça que vão ter facilidades, que as sensações de lá aqui podem não ter. Sabem que vai ser muito difícil, basta ver os pormenores, a forma como festejaram no fim a vitória é o sentimento que eles são muito bons em vantagem, vamos ter uma grande montanha para escalar, mas sabemos que é possível”.

Por último, a revelação que Ousmane Diomande vai ser titular, garantindo confiança no central costa-marfinense pese embora o erro com o Arouca.

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“A culpa é minha de termos oscilado tanto no início"

Depois da boa exibição em Turim, o Sporting empatou em casa com o Arouca. Questionado sobre estas oscilações de resultados, Rúben Amorim teve um desabafo.

“Acho que começámos muito mal o campeonato e estivemos sempre a correr atrás e a ansiedade cresce muito nos nossos jogos. Há bastante tempo que não temos oscilações nas exibições. Temos oportunidades, sofremos golos com meias oportunidades dos adversários. São situações diferentes a responsabilidade é diferente, contra o Arsenal e Juventus o favoritismo estava dolado deles, é uma eliminatória, no campeonato estamos em desvantagem desde o início e qualquer coisa que aconteça torna mais difícil. Na Liga Europa conseguimos sempre lutar pela eliminatória. Neste momento é mais resultado que exibições, temos jogado bem, mas temos tido o problema que aconteceu em Turim. Tivemos mais oportunidades que ele em casa deles e não conseguimos marcar, eles num lace de perigo marcaram”, explicou, assumindo responsabilidade: “A oscilação não é tão grande como no início. Os resultados sim. Quando nos aproximamos do segundo lugar, empatámos, num jogo. A culpa foi minha de termos oscilado tanto no início. Houve muita coisou e nos tirou o foco, a terceira jornada já tínhamos cinco pontos de atraso e a partir daí ficou mais complicado. Em momentos-chave não fomos tão eficazes como devíamos ter sido. Foi isso no campeonato, isto é uma história diferente, temos feito uma boa Liga Europa".

Por último, Rúben Amorim foi confrontado com o facto de ter Chermiti como o único avançado disponível, devido à lesão de Paulinho. Sobre se terá sido uma falha de planeamento, o técnico leonino assumiu que mudava várias coisas no passado.

"Eu aprendo, não estou a dizer que tinha razão ou não, mas agora é mais fácil de falar, ninguém esperava a lesão do Paulinho, temos de contar com essas situações, mas se fossemos pensar isso para todas as posições teríamos de ter 30 e tal jogadores. Se temos o Paulinho contra o Arouca acabávamos o jogo com ele, o Coates e o Chermiti, porque contra uma linha de oito não imagino opções para entrar com bola de corrida. O Coates é sempre ma opção porque é o melhor cabeceador. Não vai só para lá porque temos menos avançados, mas dá jeito ter na frente porque quero um bom cabeceador lá. Podíamos ter mais uma opção, não é por isso que falhámos golos. Se voltava atrás e faria de outra forma, talvez", concluiu.