Pegando na Balada da Despedida, de Fernando Machado Soares, e fazendo uma pequena adaptação, podemos dizer que Rafa Silva está a ter mais encanto na hora da despedida. Passaram-se quase dois meses desde que, de forma surpreendente, o internacional português abriu a porta de saída da Luz, onde termina contrato neste verão.
“É disso que vou ter saudades”, afirmou na entrevista rápida à BTV após a vitória diante do Famalicão. Palavras que parecem ter libertado o avançado para uma época que se encaminha para ser a melhor de águia ao peito.
Feitas as contas, Rafa participou nos 39 jogos que o Benfica disputou esta temporada. Junta-se a Aursnes neste registo, mas o médio foi suplente numa partida, enquanto o avançado entrou sempre no onze titular.
Nestas partidas soma 17 golos e 14 assistências, ou seja, contribuiu de forma direta para 31 dos 85 tentos festejados pelas águias nesta temporada. Se nos cingirmos só ao campeonato tornou-se no primeiro jogador a alcançar dos dois dígitos na coluna dos golos (12) e das assistências (11) graças à exibição diante do Portimonense, sendo que nas contas gerais fica só atrás de Gyökeres no que toca à influência direta em tentos marcados pela equipa na Liga (23, menos um que um sueco).
Como segundo avançado, onde normalmente aproveita o espaço que o ponta-de-lança abre ao surgir em apoio, ou como líder da linha avançada (como aconteceu em Portimonense), Rafa parece revestir-se de uma importância capital para Roger Schmidt. Tudo isto quando está a pouco mais de três meses de deixar a Luz.
