Recorde as principais incidências da partida
Boavista e Vitória Sport Clube. Dois históricos clubes portugueses, dois velhos rivais. Um encontro sempre de emoções fortes estava marcado para esta noite de sábado no Bessa, entre duas equipas a viverem fases completamente distintas, com os axadrezados a iniciarem uma era sob a liderança de uma nova equipa técnica, após Petit não resistir aos problema estruturais, e os vitorianos embalados por uma vitória impactante sobre o líder.
A expectativa era, portanto, altíssima, como é sempre. O Boavista entrou ligeiramente por cima e foi protagonista das duas primeiras oportunidades do encontro, ainda que sem grande perigo para o guarda-redes Bruno Varela. Bozenik (12) falhou o alvo num cabeceamento e Bruno Lourenço (22) atirou fraco para as mãos do guarda-redes dos conquistadores. Depois veio o show de João Gonçalves.
Só Jota para bater João Gonçalves
Sem aproveitar as suas chances, o Boavista viu o Vitória crescer no jogo e mostrar que a superioridade no papel tinha (alguma) razão de ser. Primeiro, Nelson da Luz, uma das novidades do onze de Álvaro Pacheco, atirou forte para uma defesa estupenda de João Gonçalves, aos 23 minutos, e pouco depois foi a vez de Borevkovic ver o guarda-redes contrário impedir novamente o primeiro.
João Gonçalves esticou-se todo, defendeu a bola, caiu no chão e depressa levantou-se para dar um grito aos companheiros de equipa, na tentativa de passar toda aquela energia e dizer, mais do que tudo, presente num momento de enorme aperto. Não valeu de muito.
Em cima da meia hora de jogo, Ricardo Mangas, um ex-Boavista, passou no meio de dois adversários e conquistou um livre lateral. Tiago Silva aproximou-se da bola e colocou-a junto ao primeiro poste, onde apareceu o irreverente Jota Silva a desviar para o golo. O extremo tem sido uma das principais armas do Vitória SC em 2023/24 e mostrou mais uma vez toda a sua influência no esquema vitoriano.
A vantagem pela margem mínima ao intervalo servia na perfeição as pretensões dos visitantes, que jogaram (mal) com isso no segundo tempo.
Muito mais passivo do que reativo, o Vitória SC deu margem a um desesperado Boavista de tentar recuperar do resultado manifestamente negativo e sonhar, pelo menos, com um ponto. Um sonho bem real.
Reisinho agitou e caiu para o penálti
Os axadrezados apareceram mais ousados e melhoram muito com a entrada de Miguel Reisinho, só que pecaram num dos capítulos mais importantes do futebol: eficácia. Salvador Agra (47) falhou completamente o alvo, Bozenik (74) não teve a arte para bater Bruno Varela no frente a frente, e foi preciso esperar pelos descontos para o Bessa encontrar um raio de felicidade.
Em cima do minuto 90, num lance algo confuso na área vimaranense, Reisinho foi derrubado por Maga e o árbitro Tiago Martins não teve dúvidas: grande penalidade. Encarregue da marcação, Tiago Morais enganou Bruno Varela e pôs fim à série de cinco derrotas do Boavista no campeonato.
Melhor em campo Flashscore: Tiago Silva (Vitória SC)