Recorde aqui as incidências do jogo
Dizem que as paragens para os compromissos das seleções beneficiam quem está numa má fase. Pois bem, o Estoril vinha de uma sequência de seis derrotas consecutivas, com apenas uma vitória em dez jornadas do campeonato.
Paragem para a Liga, tempo para Ricardo Soares trabalhar e, aos 50 segundos de jogo... o 1-0: transição de Tiago Gouveia, cruzamento atrasado, assistência de João Carvalho e Alejandro Marqués, vindo de trás, a rematar forte para o golo do Estoril.
Aos 10 minutos o Gil Vicente respondeu com um canto de Murilo, com a bola a sobrar para Fran Navarro que, na pequena área, rematou para uma grande mancha de Dani Figueira.
À reação gilista respondeu o Estoril, com a pressão alta, dificultando a saída de bola da equipa de Daniel Sousa, com o 2-0 muito perto de acontecer aos 41 minutos: mais uma vez Tiago Gouveia a surgir na área do Gil Vicente e, apenas com Andrew pela frente, a atirar forte mas muito por cima da baliza.
Uma questão de centímetros
A segunda parte começou como a primeira. Diferença? Desta vez o golo não contou, por fora de jogo detetado pelo VAR. Passavam 20 segundos do apito do árbitro quando João Marques assistiu e Marqués finalizou. Fora de jogo de sete centímetros.
Respondeu o Gil Vicente, aos 55', por Fujimoto, num remate cruzado para defesa apertada de Dani Figueira, e respondeu Daniel Sousa, aos 56', lançando Marlon no lugar de Boselli, e respondeu o Estoril, uma vez mais com Alejandro Marqués a marcar, finalizando com pura classe uma jogada de João Marques. Uma vez mais, o VAR anulou, desta vez por fora de jogo de oito centímetros de João Marques.
Aos 70 minutos mais duas mexidas, com Bilel lançado no Gil Vicente e com Marqués a ceder o lugar a João Carlos no ataque do Estoril.
Aos 77 minutos, no primeiro remate a que teve direito, João Carlos esteve pertíssimo do 2-0: Pedro Álvaro a lançar Tiago Gouveia, grande cruzamento, cabeceamento de João Carlos a defesa da noite de Andrew.
Na reta final da partida Daniel Sousa lançou Miguel Monteiro para o lado de Navarro, colocou também Gabriel Pereira e passou a jogar com três centrais. No jogo dos bancos, respondeu Ricardo Soares, refrescando o meio-campo com João Gamboa e reforçando a defesa com Mexer. Era altura de trancar as portas ao último assalto do Gil Vicente, ainda que até aí nenhuma tentativa de roubo tenha existido por parte dos galos.
Não havia mas... houve. Minuto 90, belo passe de Vítor Carvalho, remate de Fran Navarro e a defesa do Estoril a bloquear. Segundos depois, o jovem Miguel Monteiro a romper a área e a rematar para defesa reativa de Dani Figueira.
Chegava o tempo de compensação e... nove minutos!
Aos 90+3' nova tentativa para o miúdo Miguel Monteiro, desta feita ao lado da baliza de Dani Figueira,
Aos 90+6' mais uma ocasião soberana para o Gil Vicente empatar, com Navarro a fugir pela direita, a cruzar, Pedro Álvaro uma vez mais crucial no corte e Fujimoto, na recarga, a atirar por cima.
A última vitória do Estoril tinha acontecido a 9 de fevereiro, diante do Boavista, também na Amoreira. Seis derrotas volvidas, Ricardo Soares ganhou pela primeira vez no comando técnico dos canarinhos e, no arranque da 26.ª jornada, respira bem melhor. Mantém o 15.º lugar, o primeiro acima da linha de água, é certo, mas agora com 25 pontos, mais nove que Marítimo e Paços de Ferreira.
Já o Gil Vicente, com o segundo desaire consecutivo, está no 13.º lugar, com os mesmos 29 pontos.
Homem do jogo Flashscore: João Marques (Estoril)
