Recorde aqui as incidências do jogo.
De um lado, um Portimonense que tentava colocar um ponto final numa série de cinco derrotas consecutivas para a Liga portuguesa, do outro um Rio Ave motivado, apesar da derrota pela margem mínima sofrida na receção ao Benfica, na última jornada.
Paulo Sérgio operou duas alterações em relação à derrota no Estádio do Dragão, estreando Carlinhos entre os titulares e fazendo regressar Maurício, enquanto Luís Freire apostou nos mesmos onze que começaram a partida frente aos encarnados.
Os minutos iniciais não trouxeram muita intensidade, mas permitiram perceber um ascendente dos vilacondenses sobre os algarvios. Logo aos nove minutos, Costinha trabalhou muito bem na grande área contrária e, com um remate colocado, obrigou Nakamura a excelente intervenção.
Da ameaça à concretização foram outros nove minutos. Com 18 jogados, Fábio Ronaldo surgiu sob o lado esquerdo e, após boa jogada de envolvimento do Rio Ave, cruzou de pé direito e encontrou a cabeça de Patrick William, que com um desvio subtil tirou a bola do ângulo de Nakamura, abrindo a contagem.
Por cima, o conjunto nortenho ia impondo o seu jogo e aos 27 foi João Graça quem tentou a sua sorte, com um forte remate que obrigou o guarda-redes contrário a defesa atenta a dois tempos.
A reação do Portimonense chegou apenas à meia-hora. Yony González, com um excelente cabeceamento, colocou a bola no fundo das redes adversárias, mas o lance acabou invalidado por fora de jogo, decisão posteriormente confirmada pelo VAR. Pouco depois foi Diaby quem visou a baliza à guarda de Jhonatan, com um remate que o guardião brasileiro agarrou de forma segura.
Apesar disso, foram os vilacondenses que voltaram a dispor de uma grande oportunidade para aumentarem a contagem. No último lance da primeira parte, André Pereira, bem servido por Fábio Ronaldo, atirou a centímetros do poste da baliza contrária, falhando por pouco o segundo golo do encontro.
Portimonense reagiu... e o Rio Ave ampliou
Na tentativa de inverter o cenário, o Portimonense voltou dos balneários motivado e mais objetivo. Tanto que, aos 53 minutos, Welinton ganhou posição em zona central e, de pé direito, atirou para excelente defesa de Jhonatan.
Os algarvios aproveitavam o ímpeto e ocupavam zonas mais avançadas do terreno, mas, ainda assim, revelavam alguma dificuldade para visar com perigo claro a baliza do Rio Ave, que dava iniciativa aos locais e ia reagindo a espaços.
Longe do contexto ideal, o emblema do Sul do país sofreu nova contrariedade a cerca de 25 minutos dos 90, quando Yony caiu sozinho junto aos bancos de suplentes, causando momentos de alguma apreensão. Depois de alguns minutos a ser assistido, o avançado saiu em maca, com um colar cervical, presumivelmente encaminhado para hospital.
A paragem, para além da natural preocupação causada, obrigou a substituição forçada e parece ter condicionado fortemente os comandados de Paulo Sérgio, já que, segundos após o reinício do jogo, Guga, de pé esquerdo, rematou de forma colocada, obrigando a estirada de Nakamura, que evitou o golo forasteiro.
E, à semelhança da primeira parte, depois da ameaça, chegou o golo. Aos 73, novamente pela esquerda, Fábio Ronaldo e Patrick William combinaram bem e o defesa serviu Costinha, que apareceu ao segundo poste para confirmar o 2-0.
Uma reação fantástica que valeu pontos
Ainda assim, o Portimonense não baixou os braços e lançou-se ao caminho para uma reação que, por fim, trouxe frutos. Aos 82 minutos, Welinton isolou-se, aproveitando uma bola muito bem colocada em profundidade desde a defesa, e com um toque com a ponta da chuteira aproveitou saída em falso de Jhonatan para, com um chapéu perfeito, reduzir.
O golo deu alento ao conjunto da casa, que, dois minutos volvidos, esteve muito perto de empatar, na sequência de uma jogada muito bem desenhada pelo ataque algarvio, que culminou com duas perdidas incríveis, primeiro de Yago e logo de seguida de Bryan Rochez.
Os minutos finais foram de pressão forte do Portimonense junto do último terço e faziam adivinhar o que acabaria por acontecer ao cair do pano, já dentro do último de sete minutos de compensação. Depois de bola bem colocada na área do Rio Ave, Yago amorteceu de peito e deixou a bola "a sorrir" para o pé direito de Welinton, que se encheu de esperança e rematou para o empate, beneficiando ainda de um ligeiro desvio da bola num defesa adversário.
Uma igualdade festejada como uma vitória pelos algarvios, que voltaram a pontuar depois de cinco derrotas consecutivas e assim fogem aos lugares de despromoção, em contraste com a desilusão dos vilacondenses, que desperdiçaram uma boa margem no último suspiro.
Homem do Jogo Flashscore: Welinton (Portimonense)