Foi preciso perder o medo: Estrela da Amadora vence Boavista (3-1)

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Foi preciso perder o medo: Estrela da Amadora vence Boavista (3-1)

Léo Jabá foi o autor de um grande golo
Léo Jabá foi o autor de um grande goloOpta by Stats Perform, Estrela da Amadora
Depois de um primeiro tempo muito atado, em que as duas equipas pareciam com mais medo de perder do que vontade de ganhar, a segunda parte foi totalmente diferente. Um grande golo de Léo Jabá deu início a uma etapa complementar mexida em que o Boavista acabou por sucumbir devido a um autogolo. Mais um sinal da queda livre dos axadrezados que somaram a sexta derrota consecutiva.

Reveja aqui as principais incidências da partida

16 anos depois, o Estádio José Gomes voltou a receber o Boavista. E para manter a supremacia sobre o emblema axadrezado (apenas duas derrotas em sete encontros no século XXI), Sérgio Vieira fez apenas uma alteração no Estrela da Amadora, com Léo Jabá a entrar para o lugar de Kikas.

No Boavista, Abascal e Camará regressaram às escolhas iniciais de Petit, com Chidozie e Martim Tavares a ficarem no banco de suplentes.

As notas dos jogadores
As notas dos jogadoresFlashscore

O medo

As duas equipas chegam a este jogo com estados de espírito semelhantes, numa sequência de resultados negativos. O Estrela da Amadora sem saborear a vitória há quatro jogos (um empate e três derrotas), enquanto o Boavista somou por derrotas as últimas cinco partidas.

Com a época a avançar, a necessidade de pontos começa a fazer-se sentir cada vez mais e no Estádio José Gomes sentia-se uma certa tensão e pressão por conseguir um bom resultado. Com estilos diferentes, mas bem definidos, ambos os conjuntos já apresentaram boas exibições esta temporada e aquilo que até podia ser um jogo interessante transformou-se numa autêntica batalha a meio-campo.

Bozenik (9) do Boavista esteve sempre muito isolado
Bozenik (9) do Boavista esteve sempre muito isoladoOpta by Stats Perform, LUSA

O medo de sofrer um golo era maior do que o de marcar e anda equipas preocuparam-se mais em proteger a baliza do que atacar a adversária. De resto, a maior prova disso é o facto de Pedro Malheiro, lateral normalmente ofensivo, estar a atuar mais recuado, como parte de um trio de centrais, com Salvador Agra encarregado de dar profundidade ao flanco direito.

De resto foi preciso esperar até aos minutos finais para algum momento de frisson na Reboleira. Um livre de Salvador Agra, aos 38 minutos, foi o único remate enquadrado do primeiro tempo. André Luiz (que aos 23 minutos teve um golo anulado por fora de jogo) teve a melhor oportunidade do Estrela da Amadora, com um cabeceamento por cima, após cruzamento de Léo Jabá.

Os números do primeiro tempo
Os números do primeiro tempoOpta by Stats Perform

A inspiração

O segundo tempo trouxe duas equipas radicalmente diferentes. Com uma tração mais ofensiva, ambos os conjuntos deram sinais de perigo nos primeiros minutos da etapa complementar com Bruno Onyemaechi e Ronald Pereira a protagonizarem lances de perigo. Pelo menos mais emoção parecia que ia certamente existir.

E o nulo acabou mesmo por ser desfeito aos 53 minutos. Num jogo com demasiada transpiração e pouca inspiração, acabou por ser um momento de génio de Léo Jabá a fazer a diferença. Talvez o jogador com mais qualidade técnica em campo, o criativo brasileiro expôs todos os seus predicados em campo quando recebeu um cruzamento de Ronald e, de primeira, colocou a bola no fundo das redes axadrezadas.

O golo trouxe ainda mais confiança ao Estrela da Amadora, mas, curiosamente, não afundou o Boavista. A equipa de Petit tentou reagir, mas raramente conseguiu funcionar como um coletivo e esteve sempre muito dependente de rasgos individuais para conseguir chegar à baliza adversária. É, de resto, assim que chega ao empate.

Aos 73 minutos, Makouta, o melhor jogador do Boavista, obrigou Wagner a uma grande defesa na sequência de um remate de fora da área. No canto resultante, Salvador Agra bateu a bola, o médio congolês tocou ao primeiro poste e Martim Tavares desviou no coração da área para o empate.

A descrença

A igualdade voltou a trazer o nervosismo. Com um quarto de hora para jogar, as equipas voltaram a ficar nervosas e parecia que o desequilíbrio estava num qualquer detalhe. E acabou por aparecer a favor do Estrela da Amadora.

Aos 79 minutos, um canto resultou numa confusão na área entre Seba Pérez e Kialonda Gaspar. O sururu terá desconcentrado os jogadores do Boavista e, na sequência da bola parada, Abascal (78 minutos) desviou o esférico para a própria baliza. Muitos festejos no Estádio José Gomes, com confusão no relvado e um elemento do staff técnico da equipa da casa a ver o cartão vermelho.

Novo golo foi um golpe fatal para um Boavista que parecia estar no melhor momento da partida. O golo de Kikas (85 minutos), após um belo lance individual de Regis Ndo, foi o ponto final na partida e o render de uma equipa axadrezada que entrou com tudo na Liga, mas que parece em queda livre. Só Martim Tavares, por intermédio da irreverência que tem, é que esboçou reações do lado axadrezado.

Com este resultado, o Estrela da Amadora subiu ao nono lugar com 15 pontos, ultrapassando precisamente o Boavista, que sofreu o sexto desaire consecutivo nas provas domésticas.

Homem do jogo Flashscore: Leo Jabá (Estrela da Amadora)

Os números da partida
Os números da partidaOpta by Stats Perform