Jan Vertonghen, recorde-se, perdeu espaço no Benfica com a chegada de Roger Schmidt e acabou mesmo por deixar a Luz, com apenas um jogo oficial no ano passado, rumando ao Anderlecht, da Bélgica.

Porém, a sua preferência por Portugal e, sobretudo, por Lisboa, chegou a levar o central internacional belga a ponderar rumar ao... Estoril.

"Queria muito ficar em Lisboa, porque a minha família estava tão feliz. E fizemos muitos planos: 'Vamos ficar aqui mais três ou quatro anos', e de repente caí em mim. 'Não, eu tenho de me ir embora se quero algo mais na minha carreira'. Senti que tinha mais três ou quatro anos em mim e que não podia ficar. Dei comigo a pensar: 'Devo ir para o Estoril?'. Nunca tive contactos com o clube, mas pensei se era algo que devia fazer", confessou Jan Vertonghen, no podcast Final Cut.

O central belga, recorde-se, chegou ao Benfica a custo zero, oriundo do Tottenham, numa decisão que diz ter sido rápida de tomar.

"Tiago Pinto (ex-diretor do Benfica, agora na Roma) convenceu-me totalmente em cinco minutos. Ele é inacreditável", elogiou o belga, sublinhando ter ido para os encarnados à procura de "uma aventura" e assumindo que a decisão de ter sido dispensado acabou por ser justa.

"Se eu fosse o Rui Costa, tinha tomado a mesma decisão. Existiam jogadores jovens e fazia sentido, mas para mim foi difícil de aceitar, porque eu queria mesmo muito jogar pelo Benfica. Queria muito ficar em Lisboa, porque a minha família estava feliz", explica Vertonghen, que recordou os antigos companheiros na Luz, destacando um em especial.

"Rafa é especial. É um jogador que faz a diferença", disse o central, revelando que é comum ser questionado "como é que Rafa ainda não joga na Premier League?" e acrescentando ainda que a Seleção Nacional, "está em boas mãos" com Roberto Martínez, com quem trabalhou na seleção da Bélgica.