Em relação à vitória diante do Vizela, César Peixoto fez três mudanças no onze do Paços de Ferreira. Lima, Luís Bastos e Holsgrove entraram para o conjunto da Capital do Móvel.
No Sporting, Rúben Amorim fez apenas uma alteração em relação aos 11 que entraram em campo diante do Famalicão. Bellerín rendeu Ricardo Esgaio, que tinha feito o primeiro golo com a camisola do Sporting.
Esquerda, volver
Ainda a acalentar o sonho do terceiro lugar e dos milhões da Liga dos Campeões, o Sporting sabia da importância de vencer em casa do Paços de Ferreira para se aproximar do SC Braga que perdeu na visita ao Benfica.
E a equipa de Rúben Amorim mostrou logo ao início para aquilo que vinha. Nuno Santos combinou com Pedro Gonçalves que viu o golo negado por Maracás, que desviou a bola. Na sequência do canto, Edwards encontrou Diomande ao segundo poste, mas o central falhou a emenda para a baliza. 1.20 minutos de jogo e os leões já com duas oportunidades flagrantes.
Na antevisão da partida, Rúben Amorim pediu coragem à equipa para pressionar um Paços de Ferreira que gosta de sair a jogar. E foi num desses momentos que os leões conseguiram chegar à vantagem. Numa saída de jogo, Marafona colocou em Luiz Carlos que, pressionado por Trincão, devolveu mal a bola. O esférico embateu no poste e no pé do guardião dos castores, encaminhando-se para o fundo das redes.
O golo galvanizou o Sporting que se apercebeu onde estava o ouro. O Paços de Ferreira entrou para a partida com Gaitán e Juan Delgado na faixa direita. E com a falta de frescura física do argentino, o lateral improvisado viu-se muitas vezes obrigado a defrontar Nuno Santos que ia criando perigo a bel-prazer.
Uma obra de arte
Elemento mais dinâmico na frente de ataque, Nuno Santos começou por servir Pedro Gonçalves (25 minutos) antes de ele próprio se encarregar de dilatar a vantagem leonina e com um belo golo.
Trincão recebeu a bola no meio, e libertou o ala esquerdo que ao ver a aproximação de Marafona, sentou o guardião e fez a bola passar por cima. Momento sublime quando estavam decorridos 33 minutos.
Reveja aqui as principais incidências da partida
Magia de Trincão
A segunda parte trouxe um jogo com uma toada de menor intensidade. O Sporting estava satisfeito com o resultado, o Paços de Ferreira parecia conformado com a superioridade leonina e já a pensar no duelo da próxima semana diante do Chaves, onde vai ter nova oportunidade de amealhar três preciosos pontos para fugir à queda na Liga 2.
Ainda assim, os adeptos que compareceram na Mata Real ainda tiveram mais um vislumbre de grande qualidade no relvado. Aos 63 minutos, Trincão recebeu o passe de Pedro Gonçalves na área, rodou, tirou Nuno Lima do caminho e rematou para o fundo das redes.
Gestão e experiências
O 3-0 colocou uma pedra sobre o vencedor da partida. Consciente disso, o Rúben Amorim aproveitou para fazer descansar alguns dos elementos mais utilizados, fez regressar Paulinho (falou os últimos sete jogos) e terminou com nova experiência tática.
Além de Paulinho, Chermiti também entrou para o ataque, onde jogou em cunha com Paulinho, ladeados por Arthur e Trincão, com Pedro Gonçalves a fazer dupla com Tanlongo no meio e Matheus Reis a atuar como um lateral-esquerdo.
Uma experiência que permitiu algumas aproximações à área contrária com perigo, também muito por alguma passividade de um Paços de Ferreira já entregue, e é num desses momentos que Chermiti (90+3 minutos) marca. O jovem avançado respondeu da melhor maneira ao cruzamento de Arthur.
O Sporting chegou assim aos 67 pontos e fica a quatro do SC Braga quando estão por disputar três jornadas até ao final da Liga. Já o Paços de Ferreira está no penúltimo lugar com 20 pontos, a três do Marítimo e a oito do Estoril, a primeira equipa em zona de salvação.
Homem do jogo Flashscore: Francisco Trincão (Sporting)
