É um dos memes mais conhecidos em Portugal. Duas crianças brincam no telhado de uma casa. A primeira salta e, com sucesso, lança um "lá para dentro!". Para motivar o colega, de seu nome Joca, grita palavras de motivação que, segundos mais tarde, se revelaram uma mentira, pelo menos para Joca.

"Não dói, Joca. Não dói, Joca, eu juro". Desconfiado, Joca ainda pergunta "não?", mas a motivação do colega está em altas: "É fácil. Joca, não dói. Juro pela minha morte". 

Tal promessa serviu apenas como uma ligeira motivação para Joca que, hesitante, cai em jeito de tropeção na direção do chão da casa. As juras do amigo eram falsas: o salto doeu mesmo.

Vários anos mais tarde (provavelmente as falsas promessas terão feito cessar esta amizade da juventude entre o rapaz e o amigo que jurou pela sua morte), outro Joca fez juras de permanência em Vila do Conde. Estas, felizmente para os rioavistas, revelar-se-iam verdadeiras.

Aos 37 minutos da partida entre o Rio Ave e o Vitória SC, Joca recebeu uma bola no peito e, ao contrário do jovem Joca em cima do telhado, não hesitou no momento da decisão. A bola desceu ligeiramente e o extremo do Rio Ave rematou de pé direito, sem hipóteses para Bruno Varela.

O momento alto daquela tarde em Vila do Conde acabou por ser decisivo para o regresso do Rio Ave às vitórias na Liga Portugal, mas não teve apenas esse significado. Com o triunfo e a derrota do Portimonense em Alvalade, a equipa de Luís Freire garantiu a permanência, mas tudo podia ter sido bem diferente.

No final do encontro, Jhonatan, guarda-redes do Rio Ave, contou a história à Sport TV: "Nós estávamos no autocarro, o autocarro começou a andar até que gritaram 'está a faltar o Joca'".

Felizmente, o extremo do Rio Ave não estava no cimo de um telhado, mas apenas na casa de banho. O autocarro lá voltou para trás, Joca fez a viagem e foi o homem do jogo frente ao Vitória SC.

Não acredita nesta história? "Juro, Joca", veja as declarações abaixo.

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