Recorde aqui as incidências do encontro
Com a manutenção em stand by depois da derrota na última jornada, que veio depois de um empate (no Dragão) e duas vitórias desde a chegada de Armando Evangelista ao comando técnico, o Famalicão queria encerrar esse capítulo na receção a um também aflito Portimonense.
Quente, quentinho
Os algarvios, em posição bem mais delicada, começaram o encontro em posição de play-off, mas demoraram apenas seis minutos para dar um salto na tabela classificativa. Na primeira oportunidade do jogo, num livre lateral levantado para a área por Carlinhos, Alemão saltou mais alto e cabeceou para a baliza deserta, depois de uma má leitura de Luiz Junior, aos sete minutos.
Foi um arranque perfeito da turma de Paulo Sérgio, que logo a seguir teve de resistir a uma forte reação por parte dos famalicenses que, em 10 minutos, estiveram quatro vezes perto do empate, por Justin de Haas, Riccieli e Sorriso, por duas vezes, antes da saída por lesão de Midana Cassamá, para a entrada de Gonçalo Costa.
A pausa para hidratação ajudou os algarvios a limpar as ideias e a focarem-se no jogo de transição. Numa excelente saída para contra-ataque de Hélio Varela, o extremo avançou em superioridade numérica e foi derrubado por De Haas quando seguia isolado. O neerlandês recebeu ordem de expulsão e, de livre direto, Carlinhos atirou para defesa apertada, com Luiz Junior a segurar a recarga de Varela.
Foi o início de uma série de oportunidades, não só para os alvinegros, mas também para os anfitriões. Hélio Varela abriu demasiado a aba do chapéu e Fukuiu, num remate de primeira à entrada da área, ficou a centímetros do segundo. Em cima do intervalo, o Famalicão beneficiou de uma grande penalidade por falta de Pedrão sobre Chiquinho, mas chamado a converter Cádiz atirou por cima da trave.
O capitão do Portimonense ainda viu o cartão amarelo por ter apertado o pescoço a Chiquinho no lance do castigo máximo e os jogadores saíram para o intervalo com uma troca de palavras bem acesa, com cartão amarelo para o suplente Filipe Soares.
Cádiz teve cabeça para a reviravolta...
Sem alterações no reatamento, o ritmo manteve-se frenético com oportunidades para os dois lados nos primeiros instantes. As entradas de Puma Rodríguez e Gustavo Assunção melhoraram a turma de Evangelista que, apesar da desvantagem numérica, acabaria por chegar à igualdade num excelente cruzamento de Francisco Moura teleguiado para a cabeça de Jhonder Cádiz.
Não ficaria por aqui a redenção do avançado venezuelano depois do penálti falhado. Ainda o golo estava a ser festejado nas bancadas quando, na sequência de um canto, Cádiz voltou a mostrar o seu poderio no jogo aéreo com um cabeceamento muito colocado, sem tirar os pés do chão, punindo a falta de marcação defensiva.
Carlinhos mostrou dentes para arrancar o empate
Na outra área, Tamble Monteiro tentou responder na mesma moeda, mas atirou por cima, e Luiz Junior aplicou-se para travar o remate de Lucas Ventura. Apesar do amarelo visto no banco de suplentes, Filipe Soares foi a jogo, mas não teve uma boa entrada, já que cometeu uma grande penalidade por mão na bola, descortinada graças ao VAR. Da marca dos 11 metros, Carlinhos fuzilou as redes da baliza e restabeleceu a igualdade.
Até ao apito final, os algarvios ficaram perto de assinalar nova reviravolta, mas Hélio Varela chegou um tudo ou nada atrasado e não deu seguimento a um belo cruzamento da direita. No último minuto, Óscar Aranda tentou a sorte de longe para uma grande defesa de Nakamura e, no contra-golpe, valeu uma saída bem rápida de Luiz Junior dos postes para impedir o golo vitorioso dos algarvios.
Homem do jogo Flashscore: Hélio Varela (Portimonense).