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No duelo de fecho deste sábado na Liga Portugal, Boavista e Estoril defrontaram-se com os mesmos 21 pontos e o objetivo de fugir à zona de despromoção. As panteras contaram com os regressos ao onze de Abascal, Reisinho e Bozenik - depois da transferência falhada para o Sevilha -, enquanto Vasco Seabra lançou Heriberto no lugar de João Marques, confirmado como reforço do SC Braga no final da temporada.
O primeiro lance de perigo pertenceu aos canarinhos, numa tentativa de longa distância de Volnei para defesa atenta de João Gonçalves. Responderam os anfitriões num remate de Agra desviado pela defesa para canto, através do qual surgiu o golo inaugural. Na pequena área, Sasso cabeceou contra N'Diaye e reagiu mais rápido ao ressalto para desviar de Dani Figueira, aos 15 minutos.
O retornado Bozenik ficou perto de fazer o gosto ao pé, mas viu o seu remate travado por uma grande intervenção do guarda-redes estorilista. Na outra área, Marquès tirou uma página do livro do eslovaco e procurou a sorte de fora de área, mas a tentativa em arco saiu por cima da trave.
Os lisboetas estavam a crescer em termos de jogo associativo e a aproximarem-se cada vez mais da área axadrezada, mas num lance em que Guitane tentou furar pela defesa contrária, perdeu a bola e permitiu um contra-ataque letal. Reisinho recebeu no meio-campo de cabeça levantada, conduziu bem e com um grande passe isolou Bozenik que não errou e fez as pazes com os adeptos e os golos.
Até ao intervalo, o Estoril tentou dar um abanão no jogo com a longa distância de Tiago Araújo e Heriberto, sem conseguir complicar a tarefa de João Gonçalves, bem seguro entre os postes.
Sem meias medidas, Vasco Seabra retirou N'Diaye e Volnei para as entradas dos reforços de janeiro Vinícius Zanocelo e João Basso, em estreia pelos canarinhos e de regresso à Liga Portugal depois de uma longa e bem sucedida passagem pelo Arouca. O brasileiro podia ter celebrado a estreia com um golo, mas conseguiu falhar o mais fácil depois de um excelente cruzamento de Heriberto.
O Estoril crescia perante um Boavista que não encontrava resposta para as dificuldades que estava a sentir... o golo era uma questão de tempo. Aos 55 minutos, Guitane trabalhou bem sobre a direita, soltou para Rodrigo Gomes que, a meias com Abascal, colocou no segundo poste onde apareceu Marquès a encostar e a reabrir a discussão pelo resultado.
Confrontado com a falta de reação da equipa, Ricardo Paiva foi ao banco para estancar a progressão estorilista. Ibrahima Camará e Vukotic foram a jogo para cerrar fileiras e tapar espaços no meio-campo defensivo, conseguindo, com sucesso, sacudir a pressão. Já depois de lançar Wagner Pina, Vasco Seabra arriscou com a entrada de João Carlos por Mangala.
À boa moda portuguesa, à medida que o apito final se aproximava, multiplicaram-se as paragens e as demoras nas reposições de bola. Nos últimos instantes, João Pinheiro reverteu um cartão vermelho direto mostrado a Mateus Fernandes e João Carlos desperdiçou uma soberana oportunidade para o empate, ao falhar a receção depois de um bom passe de Guitane.
Homem do jogo Flashscore: Robert Bozenik (Boavista).