“Compreendo e percebo perfeitamente a tristeza, a frustração dos adeptos nesta fase do campeonato, num ano em que ambicionávamos muito mais do que aquilo que conseguimos atingir até agora. Por isso, daí perceber essa tristeza, porque é a mesma que eu tenho, que os jogadores têm, que o treinador tem. Todos queríamos muito mais. Nenhum de nós está imune à crítica, falo de todos os profissionais do clube, por isso temos de respeitar e aceitar. Sendo que acredito, também, que pela segunda vez, agora em Faro, ultrapassaram os limites. Faço esse apelo, faltam quatro jornadas para acabar o campeonato, no final cá estarei no final para assumir a responsabilidade, como faço todos os anos, mas nestas quatro jornadas recuso-me a atirar a toalha ao chão. Independentemente da classificação é obrigatório no Benfica que se faça com o máximo de dignidade. É o que eu peço à equipa, como foi em Faro. Não atirando a toalha ao chão enquanto matematicamente for possível, não sendo hipócritas porque sabemos que está cada vez mais difícil. A responsabilidade é acabar com o máximo de dignidade. Não apelo a que não haja a crítica, mas que essas críticas tenham limites e que no sábado possamos dar uma boa imagem do que é o Benfica, dentro e fora do campo", atirou Rui Costa em declaração à BTV.
Recorde-se que após a vitória diante do Farense, na 30.ª jornada da Liga, Roger Schmidt foi alvo da fúria dos adeptos, que entoaram cânticos contra o treinador durante a partida. De resto, o técnico alemão expressou o descontentamento quando falou aos jornalistas.
Campeão nacional, o Benfica ocupa atualmente o segundo lugar da Liga, a sete pontos do líder Sporting. As águias caíram nas meias-finais da Taça de Portugal e Taça da Liga, sendo que foram eliminados na fase de grupos da Liga dos Campeões e, mais tarde, nos quartos de final da Liga Europa com o Marselha.