Semáforo da Liga: O bom e o mau exemplo do que é o futebol português

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Semáforo da Liga: O bom e o mau exemplo do que é o futebol português
Rui Duarte agradece apoio dos adeptos minhotos
Rui Duarte agradece apoio dos adeptos minhotosSC Braga/Flashscore
No final de cada jornada da Liga Portugal, o Flashscore apresenta-lhe um balanço do que mais de relevante aconteceu nos nove jogos do principal escalão do futebol português, catalogado através das três cores do semáforo. O verde para destacar um momento positivo, o amarelo para assinalar algo impactante/relevante e o vermelho para um ponto menos positivo de cada ronda. Vamos aos três momentos da 30.ª jornada.

VERDE: O gesto de João Moutinho

É difícil imaginar a dimensão da dor de Rui Duarte. O treinador interino da equipa principal do SC Braga regressou ao banco depois de uma semana duríssima do ponto de vista pessoal, na sequência da morte do filho mais velho Gustavo, e o seu rosto era incapaz de esconder tudo aquilo que lhe ia na alma.

Não diferentes a esse momento, os adeptos do clube bracarense prestaram a devida homenagem e exibiram uma tarja de apoio ao treinador e ao filho mais novo, o Afonso Duarte, que joga na formação dos Gverreiros"Nenhum guerreiro caminhará sozinho. Força mister e Afonso".

Neste jogo que é a vida, o resultado da receção ao Vizela (2-1) foi o menos importante do ponto de vista pessoal, mas importantíssimo no âmbito profissional, uma vez que mantém o clube na luta pelo 3.º lugar, e o MVP da partida, o internacional português João Moutinho, fez questão de entregar o prémio a Rui Duarte.

"Agradecer do fundo do coração a homenagem que fizeram, a mim e à minha família num momento tão difícil. Não tenho palavras para agradecer. Foi uma semana mesmo muito difícil e continua a ser. Esta homenagem vai ficar para sempre no coração, este clube vai ficar para sempre, não sei o que vai ser o futuro, mas estou completamente apaixonado pela envolvência", disse o treinador no final do encontro.

Muita força, mister Rui Duarte!

AMARELO: Estreia de Marreco

Tozé Marreco foi o homem escolhido para suceder a Vítor Campelos no comando técnico do Gil Vicente, com o propósito de dar a volta a uma série negra do clube da cidade de Barcelos - três empates e quatro derrotas nas sete últimas jornadas antes da chegada do ex-treinador do CD Tondela - e evitar um cenário que parecia aproximar-se a uma velocidade galopante: despromoção.

A estreia estava marcada para o último sábado, na casa do surpreendente Moreirense (0-1), e a resposta foi muito positiva. Os gilistas conseguiram vencer na casa dos cónegos e com esses três pontos ultrapassaram a barreira psicológica dos 30. 

Ainda nada está matematicamente garantido, mas é inegável que a chegada de Tozé Marreco, a viver a primeira experiência enquanto treinador na Liga, foi como uma lufada de ar fresco para uma equipa que parecia totalmente desacreditada.

As estatísticas da partida ao intervalo
As estatísticas da partida ao intervaloFlashscore

VERMELHO: E agora?

As imagens que nos chegaram da reta final do encontro entre Chaves e Estoril (2-2), em Trás-os-Montes, são do mais triste e reprovável que existe. Nada pode justificar o que aconteceu: invasão de campo de adeptos afetos à equipa da casa e confrontos com jogadores da equipa visitante.

Aqui não interessam cores. Mas existem muitos culpados. Onde fica a credibilidade das forças de segurança? Onde fica o bom-senso na decisão da equipa de arbitragem de expulsar dois jogadores por se defenderem da tentativa de ataques vis de adeptos? Onde fica a noção do comunicado do Chaves? E do acrescento do seu presidente? E até onde pode ir este péssimo exemplo se a Liga não tiver mão firme e não tomar medidas condizentes com os atos gravosos?

São algumas das perguntas que, para já, ficam sem resposta. O certo é que tudo isto em nada dignifica o futebol português, sobretudo numa altura em que o próprio tenta recuperar a sua força na cena internacional. Assim fica difícil.

As escolhas de Rodrigo Coimbra
As escolhas de Rodrigo CoimbraFlashscore