Importância do jogo contra o Vitória de Guimarães: "O campeonato é o que é, temos de jogar com todas as equipas. Os três pontos são importantes de fim de semana a fim de semana. É uma deslocação difícil perante um Vitória que, independentemente de já ter trocado de treinador, isso não se tem notado. Estão a apenas três pontos de nós. Eles têm feito os seus resultados. O plantel deles tem qualidade e o treinador é muito identificado com a paixão e a forma de viver o futebol dos adeptos. É um jogo difícil, cabe-nos a nós, que lutamos pela conquista do campeonato que é o nosso objetivo principal da época, e dar uma boa resposta e ganhar o jogo."
Dérbi Benfica-Sporting: "Jogamos contra o Vitória."
Problemas que o Vitória pode colocar ao FC Porto: "Os problemas que eles possam criar à nossa equipa tem que ver principalmente connosco. A forma como vamos defender, perceber a dinâmica do adversário quando tem bola, os esquemas táticos... O jogo encaminha-se dentro da postura das equipas e neste caso da nossa. Sabendo que o Vitória é sólida e consistente, que ataca de uma forma simples, direta, aproveitando os erros do adversário. Temos de perceber que vamos ter algumas dificuldades nesse sentido. Somos o FC Porto, queremos controlar o jogo de forma enérgica, agressiva, com a intensidade que nos tem caracterizado nos últimos anos, ainda que este ano não tanto. Olhar para nós como equipa e depois tudo o que o jogo dará dependerá dessa postura que vamos ter durante o jogo."
Atuação defensiva diante do Antuérpia: "O foco foi corrigir, analisar, observar o jogo com o Antuérpia, porque cada jogo nos dá situações diferentes, umas positivas e outras nem tanto. É sobre isso que vamos trabalhar Depois, dentro dos princípios da equipa, defensivamente é importante perceber que, a cada perda de bola, a nossa recuperação não pode ser na nossa grande área, e isso tem acontecido algumas vezes. Com o Antuérpia, em termos de coletivo, gostei mais do que contra o Estoril, mas são adversários diferentes, por isso, dentro da base e dos princípios da nossa equipa, vejo que há a melhorar e o que estamos a fazer de bem e continuar. Desde que cheguei aqui as dificuldades são as normais de um treinador de futebol. Queremos a perfeição, mas é difícil, andamos sempre longe. Trabalhámos no máximo para ir ao encontro das exigências dos adeptos, não só nos resultados, mas nas boas exibições."
Mudança de chip da Champions para a Liga: "Não deve perder o foco. A equipa deve estar concentrada na preparação do jogo e diferentes cenários do que nos vai acontecer. Conheço esse ambiente apaixonado dos adeptos do Vitória SC, tive o prazer de lá trabalhar. Fora pode-se apoiar mais ou menos. O que conta são os intervenientes diretos no jogo e neste caso olhámos para o Vitória ao pormenores: posso dizer que o Álvaro Pacheco vive a 20 km do estádio, até isso fui ver. Há uma grande empatia de gente que vive o clube como ninguém, exatamente como no nosso clube. Pela dimensão, somos um clube superior ao Vitória. Mas o Vitória tem a sua história, tem o seu peso. Não é fácil para os adversários jogar no D. Afonso Henriques. A humildade de perceber que vamos defrontar uma equipa difícil é a base para se começar a ganhar o jogo."

Como vê a contestação a Roger Schmidt, campeão nacional? "O meu foco é o jogo com o Vitória. Já falei de colegas de profissão, não gosto muito dessa discussão na praça pública, mas somos treinadores de futebol, há momentos em que estamos na mó de cima e somos elogiados, depois quando se perde ou se está num ciclo mais negativo o culpado é sempre o mesmo. Sempre foi assim neste desporto fantástico que é o futebol e há de ser sempre assim. Se é justo ou não? Há situações e situações e casos e casos. A vida de um treinador de futebol é esta, também já passei por situações dessas, é o futebol."
O que pode Pepe dar aos outros centrais? "A maturidade do Pepe foi adquirida ao longo dos anos. Isso pesa em momentos do jogo. Acho que todos os centrais que temos à disposição, incluindo o Marcano e Zé Pedro, são de qualidade e não têm de dar nada a ninguém, têm é de trabalhar no máximo para cada dia melhorarem. O Pepe sabem o que penso dele, o que ele é e representa para clube, não só no balneário. Espero que qualquer um dos meus centrais consiga uma carreira perto da que o Pepe fez, que não é nada fácil."
Defesas-centrais mais expostos: "Tentamos fazer a pressão mais à frente e recuperados a bola no nosso terço defensivo. Não é pressão atrás. Queremos pressionar o adversário e condicionar o adversário mais à frente. A dinâmica tem que ver com a equipa. Os centrais ficam expostos, mas os médios não fizeram falta no momento certo, os avançados não foram pressionantes... Temos de melhorar como equipa. Trabalhámos aqui, diariamente, sendo diferentes, mas com a mesma dedicação."
Preocupa mais exibições ou distância pontual? "O que me preocupa são alguns erros e alguma alta de eficácia ofensiva e alguns erros que cometemos. Não me preocupa a equipa que ataca em 3x4x3... Há equipas que no papel vêm com 4x4x2 clássico e depois defendem com seis jogadores, os alas acompanham o adversário. Tem a ver com o que são as equipas e as estratégias definidas pelos treinadores adversários. Há que ver a dinâmica do Álvaro (Pacheco), quando têm bola, e ver as bolas paradas. De resto, não me preocupa nada. É ver o que fizemos bem e menos bem e trabalhar para termos mais qualidade amanhã do que temos hoje."
Os amarelos de David Carmo: "A melhor forma de tranquilizar é trabalhar nos aspetos em que não está tão bem e perceber que o David, o jogador que jogou antes de vir para o Fc Porto numa linha de cinco, os erros não se notavam tanto. Um central no FC Porto está sempre mais exposto. Isso é percetível e entendo. Quando há uma evolução, é um central para conseguir carreiras longas e consistentes. Mas é preciso trabalho, assobios de vez em quando, cartões amarelos e não parar".
Margem de erro no campeonato: "Não olhamos para a margem, estamos atrás dos rivais e queremos chegar rapidamente ao 1º lugar. Só depende de nós ganhar os jogos".
Equipa não aprendeu com a época passada? "Já respondi, sabemos que temos um desafio amanhã e o foco é esse. Depois esquecemos que jogamos contra adversários, eles têm qualidade, não jogamos sozinhos. Cabe-nos ir ultrapassando, ir reinventando ano após ano, mudar algumas situações ao nível estratégico. Olhamos para um Arouca, para o Estoril, que fez o melhor jogo da época, por culpa nossa com certeza, mas não podemos tirar mérito aos adversários. Este Antuérpia é competitivo, foi campeão belga e a Bélgica ao nível de seleções está onde está. Não se pode desvalorizar o que fazemos de bom nem valorizar o que fazemos de mau".
Assobios com o Antuérpia: "Se olharmos para oito jogos na Champions, perdemos um. Ganhámos 7, perdemos um, com o Barcelona. Temos 7 vitórias em 8. Eu aplaudia na bancada. Mas ao ver erros que cometemos com o Antuérpia, se calhar na bancada era capaz de dar uma assobiadelazinha. É o futebol. Dentro de uma equipa com jogos com esta exigência, há a obrigatoriedade de ganhar e de jogar bem. Se isso não acontecer... Nem vou falar dos jogadores ausentes. Podia dar algumas justificações, houve alguma impaciência das bancadas em relação à nossa posse, não percebendo quem estava em jogo, os centrais, os médios, que tipo de movimentos é que fazem... Meti o Francisco e outros jogadores para retificar algumas de situações. No banco às vezes também me dá vontade de assobiar, uma vezes para os adeptos, para os jogadores e outras para mim próprio."