Uma vez mais, um negócio de última hora, feito no derradeiro dia de mercado, terminou em insucesso para todas as partes - sim, todas, porque no sábado o Fulham foi goleado pelo Manchester City sem poder contar com João Palhinha.
O médio português tinha tudo certo na sua cabeça. Aceitou os termos do contrato, viajou para a Alemanha, fez inclusivamente todos os exames médicos e até tirou fotografias oficiais com o equipamento do Bayern. Porém, o Fulham nunca chegou a aceitar os 70 milhões de euros oferecidos pelo Bayern Munique, até encontrar um substituto à altura, que nunca chegou.
Dia 1 de setembro, noite cerrada, e João Palhinha regressava a Londres e ao Fulham, falhando o jogo do dia seguinte, diante do campeão Manchester City.
"Foi um dia duro para o João. Ele vai precisar do nosso apoio", disse Marco Silva, treinador do Fulham, justificando o facto de ter deixado o médio de fora da convocatória.
Uma semana depois de ter sido o herói no empate (2-2) com o Arsenal, com o segundo golo do Fulham, o mundo de Palhinha virou do avesso.
"Ele ama o Fulham e adora estar connosco. É um jogador que dá sempre 100 por cento pela camisola, mas tinha a oportunidade de ir para um dos maiores clubes europeus e esteve muito perto", explicou Marco Silva.
E se o treinador do Fulham lamentou o desfecho, o técnico do Bayern, Thomas Tuchel, lamentou muito mais.
"Estou muito triste porque sei o quanto o João queria juntar-se a nós. Ele também está triste e dececionado. Toda a gente fez o que tinha de fazer, mas era demasiado tarde", afirmou Tuchel.
