É por isso que o Flashscore, em colaboração com uma equipa de analistas da empresa de dados checa 11Hacks, apresenta todas as sextas-feiras uma visão geral baseada em dados sobre onde esses resultados (in)esperados podem ocorrer no vasto mundo do futebol, para o ajudar a hackear o fim de semana.
Arsenal - Brighton
Durante muito tempo, parecia que o título da Premier League seria decidido até a última jornada mas, atualmente, de acordo com os modelos matemáticos, o Manchester City tem uns incríveis 87% de possibilidades de conquistar o título. Os Gunners precisam agora de dominar os três jogos que faltam e esperar que o Manchester City perca cinco pontos até ao final da época. O que não parece muito provável. Enquanto os citizens, que contam com Erling Haaland, enfrentam o Everton este fim de semana, o Arsenal defronta o Brighton em casa.
Os Seagulls estão em sétimo lugar na tabela, mas um olhar sobre a classificação da Premier League é enganador. Por exemplo, de acordo com a métrica de pontos esperados, deveria haver apenas uma ligeira diferença de pontos entre as duas equipas, a favor dos Gunners. Ofensiva e defensivamente, estas são duas equipas muito equilibradas.
Tal como em dezembro, este poderá ser um jogo muito ofensivo. O Brighton deverá ter a vantagem no jogo aéreo e aproveitar a transição rápida para o ataque, enquanto o Arsenal deverá ter oportunidades na área, principalmente após passes perpendiculares para a área, vindos do meio-campo ou passes rápidos, ao nível do relvado. Da última vez, Bukayo Saka abriu o marcador no minuto inicial do jogo e acabaram por surgir seis golos. Como será desta vez?
Fiorentina - Udinese
Na ronda anterior da Serie A, a Udinese condenou a Sampdoria à despromoção, em casa, e agora tem pela frente um jogo fora para se manter na metade superior da tabela. Na qualidade de nona classificada, vai defrontar a Fiorentina, na oitava posição, apenas um ponto à sua frente. Bolonha, Torino e Monza também têm o mesmo número de pontos. Estas equipas tiveram de se despedir da Taça mas ainda há muito a disputar.
Trata-se de uma competição entre duas defesas extremamente equilibradas. Em termos de "infiltrações", as duas equipas são praticamente idênticas na amostra de dados de toda a época, mas a Udinese está em vantagem, o que também se pode dever à melhor forma do guarda-redes Marco Silvestri, em comparação com Pietro Terracciano, da Fiorentina.
O mesmo acontece com os ataques. Em termos de qualidade dos remates criados, a Fiorentina é o sétimo melhor ataque da atual época da Serie A, e a Udinese é o oitavo por uma pequena margem. Curiosamente, a Fiorentina joga com um bloco defensivo ainda mais alto do que os campeões de Nápoles nesta temporada.
A Udinese, por outro lado, implementa um bloco profundo e vai querer ameaçar principalmente a partir de contra-ataques rápidos em defesas que dão espaço.
Criam regularmente muito boas oportunidades em situações de contra-ataque e já conseguiram marcar 13 golos desta forma, o quinto melhor registo da competição. Além disso, a Fiorentina tem muitas vezes dificuldades em defender os contra-ataques. Em termos de xG permitidos em tais situações, apenas Sampdoria, Monza, Spezia, Salernitana e Cremonese são piores.
Union St. Gilloise - Genk
Quem tiver a oportunidade de assistir ao campeonato da Jupiler Pro League belga vai certamente passar um bom bocado. Trata-se de uma das competições europeias mais atrativas do momento, em termos de equilíbrio das equipas. A luta pelo título é entre o Antuérpia, o Genk e o Union St. Gilloise, que estão separados por apenas um ponto na tabela. Nenhuma equipa se destacou verdadeiramente das outras em termos de desempenho.
A luta pelo título continua no domingo, com o encontro entre o terceiro classificado, St. Gilloise, e o segundo, o Genk. Embora as casas de apostas estejam a favorecer fortemente a equipa da casa, uma análise mais profunda mostra que o Genk poderá manter a sua liderança na tabela. Em particular, um ataque que funcione bem joga a seu favor. De acordo com a métrica de golos esperados, que mede o volume e a qualidade das oportunidades de golo criadas, é mesmo a melhor equipa ofensiva do campeonato.
Em média, a equipa de Wouter Vrancken cria 1,74 golos esperados por jogo e chega a marcar 2,03 golos reais (excluindo penáltis), enquanto o Union ronda os 1,3 xG (1,8 reais). Embora a equipa tenha perdido o seu melhor marcador, Paul Onuach, para o Southampton, da Inglaterra, durante o mercado de inverno, o seu poder de fogo foi bem substituído.
No período de 13 jogos marcado pela saída de Onuach, a média de xG do Genk caiu para 1,54, mas não se trata de uma significativa. E os 1,9 golos reais marcados por jogo nesse período só foram ultrapassados pelo Gent. Joseph Paintsil, Mbwana Samatta ou Yira Sor têm regularmente boas oportunidades de golo, e o perigoso Tolu Arokodare está de regresso após lesão e deverá tornar-se gradualmente um jogador fundamental para a equipa. Todos estes jogadores deverão ser capazes de entrar em ação no domingo.
O mesmo não se pode dizer do extremo Mike Tresor, que foi expulso no final do jogo contra o Antuérpia. Apesar de ser o jogador mais criativo do Genk, os jogadores ofensivos não ficarão sem o serviço necessário graças à excelente capacidade técnica de Paintsil e Bilal El Khannous.
Além disso, o Genk também tem uma ligeira vantagem na defesa. Apesar de, ao longo da época, permitir um maior número de golos esperados por jogo aos seus adversários, em comparação com o Union, a qualidade na posição de guarda-redes também é fundamental na avaliação das defesas. E isso é claramente favorável à equipa visitante.
Enquanto o jovem Maarten Vandevoordt é um dos guarda-redes de elite da liga, o seu homólogo Anthony Moris não tem estado tão bem. Se o guarda-redes médio da liga enfrentasse os mesmos remates, receberia menos cinco golos. E são essas as diferenças que, por vezes, decidem os títulos.