O Nottingham Forest tornou-se o terceiro clube da primeira divisão a ser acusado de desrespeitar as regras financeiras da liga, que permitem aos clubes perder um máximo de 105 milhões de libras em três anos.
Tal como o Flashscore tinha noticiado a 2 de janeiro, Nottingham Forest, orientado pelo português Nuno Espírito Santo, estava a ser investigado devido ao cumprimento Fair-Play Financeiro. Recorde-se que a direção da prova mudou o prazo da entrega das contas para 31 de dezembro (as relativas a 2022/23), em vez de maio, de forma a aplicar sanção na temporada vigente.
O Everton, por seu turno, foi atingido por outra infração, depois de já ter sido punido com uma dedução de 10 pontos relativa à época 2021/22.
"A Premier League não tem diretrizes que impeçam um clube de ser sancionado por alegadas infrações em períodos financeiros que já foram objeto de punição, ao contrário de outros órgãos sociais, incluindo a EFL", lê-se num comunicado do Everton.
"Como resultado - e devido ao novo compromisso da Premier League de lidar com estes assuntos 'durante a época' - o clube encontra-se numa posição em que não teve outra opção senão apresentar um cálculo PSR que continua sujeito a alterações, enquanto se aguarda o resultado do recurso. O clube tem agora de defender outra queixa da Premier League que inclui exatamente os mesmos períodos financeiros pelos quais já foi sancionado, antes mesmo de o recurso ter sido apreciado. O clube considera que este facto resulta de uma clara deficiência nas regras da Premier League. O Everton pode garantir aos seus adeptos que continuará a defender a sua posição durante o recurso em curso e, caso seja necessário, em qualquer comissão futura - e que o impacto nos adeptos será refletido como parte desse processo", pode ainda ler-se.
Já o Nottingham Forest declarou que tomou conhecimento da declaração da Premier League e que espera uma "resolução rápida e justa".
"O Nottingham Forest reconhece a declaração da Premier League confirmando que o clube foi hoje acusado de violar as regras de rentabilidade e sustentabilidade da liga. O clube tenciona continuar a cooperar plenamente com a Premier League sobre este assunto e está confiante numa resolução rápida e justa", pode ler-se.
O Nottingham Forest gastou imenso dinheiro na compra de jogadores após a promoção em 2022, enquanto o Everton investiu fortemente num novo estádio.
Segundo consta, são estes investimentos que podem agora custar uma coima aos dois clubes, além da dedução de pontos.
Quando o Everton foi penalizado em dez pontos, em novembro, foi porque o clube tinha um défice total de 124,5 milhões de libras durante um período de três anos, até 2022.
Segundo a imprensa inglesa, as novas acusações referem-se a actividades financeiras durante a época 2022/23.
O Manchester City também enfrenta 115 acusações de infração às regras do FFP.
Uma comissão independente irá agora analisar os casos individualmente.