Klopp, que anunciou em janeiro que deixaria o clube de Merseyside após nove anos no comando, deverá ser substituído pelo neerlandês Arne Slot.
O técnico do Feyenoord vai herdar uma equipa que já está na fase inicial de uma remodelação, tendo o Liverpool contratado Alexis Mac Allister, Dominik Szoboszlai, Ryan Gravenberch e Wataru Endo esta época.
"Claro que não é perfeito, porque se fosse teríamos mais cinco ou seis pontos e ainda estaríamos a lutar pelo campeonato", disse Klopp à Sky Sports numa entrevista publicada no domingo.
"Mas se recuarmos até ao início da época, chamei-lhe Liverpool 2.0... O Liverpool 2.0 não pára depois de eu sair. É apenas o início de outro projeto com um plantel muito bom".
O treinador alemão acrescentou que não teria sido capaz de desempenhar o seu trabalho a 100% se tivesse ficado mais um ano.
"Tinha a certeza de que, se não tomasse esta decisão agora, no próximo ano poderia ser complicado. A ideia de se preparar para outra pré-época, tomar grandes decisões", disse Klopp.
"Para isso, é preciso estar cheio de energia. 80 por cento não é suficiente. Essa é a verdade. É demasiado. É um trabalho que dura 24 horas por dia, 7 dias por semana. Sim, há coisas mais importantes na vida, mas se realmente nos preocupamos com isso, então é 24 horas por dia, 7 dias por semana.
"Fi-lo durante muito tempo e sabia que não podia continuar a fazê-lo ao nível necessário para um clube como o Liverpool", concluiu.
O Liverpool, terceiro classificado, recebe o Tottenham Hotspur, quinto classificado, num jogo a contar para a Premier League, este domingo.