O clube de Anfield está em segundo lugar na classificação após 15 jogos. O Liverpool teve de reconstruir a sua casa de máquinas no final da época, com a saída de cinco médios, e as lesões também dificultaram as coisas, mas a equipa de Klopp resistiu à tempestade e está a dois pontos do líder Arsenal.
Apesar de ter sofrido um novo golpe, ao perder Joel Matip devido a uma potencial lesão que poderá pôr fim à época, Klopp disse que outros clubes também poderão estar no mesmo barco, com os jogos a chegarem rapidamente no período mais movimentado da época.
"Queria criar uma base desde o início da pré-época e depois, para nos tornarmos uma verdadeira equipa, temos de ultrapassar as dificuldades. Conseguimos isso com os cartões vermelhos, com o facto de estarmos em desvantagem nos jogos - e conseguimos ultrapassar isso", disse Klopp aos jornalistas, esta sexta-feira.
"Estou satisfeito com a evolução da equipa até este momento. Tivemos de substituir algumas das figuras mais fortes do futebol mundial. O nosso novo grupo de líderes é constituído por futebolistas experientes e de classe mundial, o que é muito útil. Todas as equipas estão provavelmente a apenas duas lesões de distância de um problema real, estamos no meio de um período complicado com muito futebol e muitas oportunidades", reconheceu o treinador do Liverpool.
O pontapé de saída antecipado de sábado, com o Crystal Palace, oferece ao Liverpool a oportunidade de chegar provisoriamente ao topo da classificação, mas não poderá contar com o médio Alexis Mac Allister, lesionado, e o guarda-redes Alisson continua em dúvida.
Klopp disse que o Liverpool poderia ter conseguido um melhor número de pontos nesta fase, mas acrescentou que a corrida ao título é apertada, com vários candidatos.
"É um pouco invulgar que o Manchester City não esteja no topo da tabela, com 10 pontos de diferença entre o primeiro e o segundo. O Arsenal está a ir muito bem, nós não estamos muito mal, o Aston Villa está muito forte", disse o treinador alemão.
"Podíamos - ou devíamos - ter mais alguns pontos, mas não temos. Estamos onde estamos e não faz mal", acrescentou.
Jurgen Klopp também elogiou o treinador do Crystal Palace, Roy Hodgson, que dirigiu o Liverpool há mais de uma década e continua forte aos 76 anos.
"É uma pessoa extraordinária, um homem muito simpático. Quando o vejo, pergunto-lhe: 'O que é que ainda está a fazer aqui?'" disse Klopp.
"Mas ele parece feliz, gosta do seu trabalho. Não podia respeitá-lo mais. Ele foi a minha inspiração, mas não me inspira a trabalhar tanto tempo nesta profissão. Não sei porque é que ele está a fazer isso, para ser honesto", assumiu o técnico alemão.