Newcastle 4-4 Luton Town

Com ambas as equipas a registarem vitórias impressionantes a meio da semana, os níveis de confiança seriam sempre elevados, e foram os anfitriões que saíram a voar dos blocos com um avanço no espaço de sete minutos. Lewis Miley iniciou a jogada com um passe certeiro para Kieran Trippier, e o lateral cortou com precisão para Sean Longstaff para o 1-0 aos 7 minutos.

Sem se deixar abater, o Luton reagiu de forma impressionante e chegou ao merecido empate com Gabriel Osho, que converteu de perto após bom trabalho de Carlton Morris, aos 21 minutos.

No entanto, as duas equipas estiveram empatadas durante apenas dois minutos, com o Newcastle a recuperar de imediato a vantagem. O primeiro remate de Anthony Gordon foi travado por Thomas Kaminski, mas Longstaff estava novamente à disposição para rematar clinicamente no ressalto e fazer o seu primeiro bis na Premier League, aos 23 minutos.

Os Magpies tentaram cimentar a sua vantagem com o intervalo a aproximar-se, mas o Luton mostrou o seu poder de recuperação com um segundo golo, com Ross Barkley a rematar para o fundo das redes depois de Martin Dúbravka apenas ter conseguido defender o remate de Alfie Doughty, aos 40 minutos.

Os Hatters levaram o ímpeto que o golo criou para os estágios iniciais do segundo tempo, e tiveram uma oportunidade de ouro para assumir a liderança quando o VAR determinou que Dan Burn havia puxado Chiedozie Ogbene na área. Morris assumiu a responsabilidade na cobrança do penálti, e o atacante mandou Dúbravka para o lado errado para colocar os visitantes na frente, aos 59 minutos.

Atordoado com a reviravolta do Luton, o Newcastle ficou ainda mais atrás três minutos depois, quando Elijah Adebayo rematou para o fundo das redes após passe de Barkley, marcando o seu nono golo da época na Premier League, aos 62 minutos.

A natureza ofegante da competição continuou nos 25 minutos finais, e os anfitriões marcaram dois golos no espaço de seis minutos para empatar a partida.

Primeiro, Trippier marcou com um potente remate de primeira e, depois, o substituto Harvey Barnes reagiu mais rapidamente na área e rematou certeiro para o fundo da baliza.

A partida teve um final fascinante, mas, apesar de algumas chances no final, o golo da vitória acabou por ser um passo longo demais para os dois lados. Com este resultado, os anfitriões aumentaram a invencibilidade em casa para 22 jogos (16 vitórias, 6 derrotas), enquanto o Luton continua a um ponto da zona de descida.

Burnley 2-2 Fulham

O início da partida no Turf Moor foi pouco movimentado, com apenas um remate de longe de Sander Berge. Foram os visitantes que acabaram por resolver o jogo e não demoraram muito a chegar à vantagem. Quem já observou o Burnley esta época, incluindo o treinador de bolas paradas do Fulham, sabe muito bem das suas vulnerabilidades nos cantos, e foi assim que o português João Palhinha abriu o marcador, rematando para o fundo das redes aos 17 minutos.

Não demorou muito para que um se transformasse em dois e, em circunstâncias verdadeiramente calamitosas para a defesa dos Clarets, um remate esperançoso para a frente deixou toda a defesa perplexa, antes de Rodrigo Muniz levantar a bola por cima de um James Trafford desamparado e fazer o 2-0, aos 21 minutos.

Os desanimados adeptos em Turf Moor, que tinham visto a sua equipa perder nove dos seus 11 jogos em casa esta época antes desta tarde, vaiaram a sua equipa ao intervalo e, enquanto Vincent Kompany descia o túnel, ficou a pensar se havia alguma coisa que pudesse fazer para virar o jogo.

O técnico dos Clarets tomou a decisão de introduzir o novo defesa-central Maxime Estève, mas nem ele conseguiu ajudar a travar o Fulham, com os primeiros 10 minutos após o recomeço a consistirem numa pressão incessante dos Cottagers, que quase deu resultado quando Trafford negou um remate de longe a Willian. A entrada de David Datro Fofana pareceu mudar a mentalidade dos Clarets, e a sua introdução deu logo frutos quando o estreante Lorenz Assignon lhe fez um cruzamento perfeito para reduzir a diferença, aos 71 minutos.

A gestão de jogo do Fulham a partir daí foi de admirar, mas acabaram por não conseguir levar o jogo até ao fim, com Fofana novamente à disposição para atirar a bola pela linha de fundo e partir o coração do Fulham, aos 90+1 minutos.

É, sem dúvida, um ponto conquistado para o Burnley, mas na sua luta para evitar a descida, podem estar desanimados por não terem garantido os três pontos, que teriam sido o seu objetivo antes do jogo.

Brighton 4-1 Crystal Palace

Antes do pontapé de saída, Roberto De Zerbi terá desafiado os seus jogadores a começarem de forma positiva, depois de os ter visto sofrer dois golos nos primeiros três minutos da pesada derrota de terça-feira por 0-4 frente ao Luton Town.

De qualquer forma, o técnico do Brighton deve ter ficado feliz ao ver Lewis Dunk subir alto e cabecear para o golo após canto cobrado por Pascal Groß no terceiro minuto da partida. Depois de ficar atrás no marcador, o Palace sofreu outro revés quando Marc Guéhi foi expulso pouco antes da marca de meia hora, resultando na estreia de Adam Wharton, contratado no último dia do mercado.

Mas os Eagles tiveram pouco tempo para se adaptarem à mudança de equipa, uma vez que os anfitriões tiraram o jogo do seu alcance com dois golos rápidos. Primeiro, Tariq Lamptey levantou a bola na área para Jack Hinshelwood cabecear por cima do guarda-redes Dean Henderson. Momentos depois, o guardião do Palace voltou a balançar as redes depois de Wharton ter sido punido por perder a posse de bola dentro do seu próprio meio-campo. Os anfitriões rapidamente passaram a bola para Facundo Buonanotte, que fez um belo golo com o pé esquerdo para garantir os três pontos antes do intervalo.

O Crystal Palace teve ainda mais dificuldades quando Michael Olise, que entrou ao intervalo, teve de ser retirado no início do segundo tempo devido a uma lesão. Os adeptos do Crystal Palace tiveram pelo menos um golo para festejar aos 71 minutos, quando Jean-Philippe Mateta marcou de cabeça após um cruzamento de Joachim Andersen.

No entanto, os Seagulls rapidamente recuperaram a compostura para restaurar a vantagem de três golos através de João Pedro. O brasileiro fez uma excelente combinação com Danny Welbeck para criar o espaço necessário para passar por Henderson e encerrar uma atuação memorável da equipa.

Os Seagulls não só conquistaram o direito de se gabar do clássico, como também subiram duas posições, chegando ao sétimo lugar. Já o Palace, 14.º classificado, terminará a jornada a apenas cinco pontos da zona de descida, depois de sofrer a terceira derrota consecutiva fora de casa no Campeonato Inglês.

Everton 2-2 Tottenham

O treinador do Everton, Sean Dyche, só tinha vencido dois dos seus 19 jogos contra o Tottenham até hoje (cinco empates e 12 derrotas), e essa má série parecia destinada a continuar quando a equipa visitante abriu o marcador logo aos quatro minutos. Destiny Udogie foi lançado pela esquerda, onde puxou a bola para dentro da área para Richarlison finalizar de forma simples contra a sua antiga equipa.

Os Toffees reagiram bem depois de terem sofrido o golo logo no início da partida, mas estavam com dificuldades em criar oportunidades de golo significativas. No entanto, aos 30 minutos, o pontapé de canto batido por Dwight McNeil para o poste mais distante foi cabeceado por James Tarkowski, permitindo que Dominic Calvert-Lewin rematasse de cabeça a um metro de distância para o 1-1.

Os Spurs reagiram bem com a igualdade no marcador e recuperaram a vantagem antes do intervalo, depois de um bom trabalho pela esquerda, desta vez por Timo Werner, cujo passe para James Maddison foi depois lançado para Richarlison, com o brasileiro a finalizar com precisão à primeira, à entrada da área, bisando na partida.

Na tentativa de matar o jogo, os Spurs saíram a voar depois do intervalo, criando várias oportunidades que mantiveram Jordan Pickford ocupado na baliza do Everton. Primeiro, Pedro Porro picou as palmas das mãos do número 1 de Inglaterra, antes de Werner não conseguir bater o guarda-redes no um para um. Maddison foi o próximo a disparar contra Pickford, que mais uma vez esteve à altura de tudo, mantendo a equipa do Everton na disputa.

Quando parecia que os Spurs iam garantir os três pontos, foram obrigados a pagar por não terem conseguido marcar o terceiro golo, quando Jarrad Branthwaite apareceu ao segundo poste, na sequência de um lance de bola parada, para marcar e empatar para o Everton.

O empate tira temporariamente os Toffees da zona de despromoção, antes da visita do Luton Town ao Newcastle. Enquanto isso, a equipa de Ange Postecoglou continua entre os quatro primeiros, mas pode cair se os resultados lhe forem desfavoráveis este fim de semana.