Manchester City 6-1 Bournemouth

O campeão em título podia aproveitar a receção ao 17.º classificado para se colocar, à condição, na liderança da tabela, colocando-se um ponto à frente do Tottenham. que parecia complicado de repente tornou-se simples. Com Bernardo Silva a titular - e em grande destaque - e Rúben Dias no banco, foi o português a deixar o primeiro aviso à baliza de Radu.

Os anfitriões iam massacrando - Haaland acertou no ferro, Bernardo esteve a centímetros de um grande golo - e acabariam por inaugurar o marcador, numa tabela de Doku com Rodri, com o remate do belga a sair enrolado e a trair o guarda-redes do Bournemouth, aos 30 minutos.

Já Ronaldo tinha dito que os golos são como o ketchup e isso voltou a ser provado este sábado com três golos num espaço de sete minutos. O endiabrado Doku trocou as voltas a Chris Mepham e ofereceu o golo a Bernardo, que só teve de encostar, aos 33.

Mas não ficaria por aqui o reforço do Manchester City. Aos 37 minutos, Bernardo Silva devolveu o favor a Doku à entrada da área, o remate de pé esquerdo do belga desviou nas costas de Akanji e não deu hipóteses a Radu. O golo acabou por ser atribuído ao defesa. Até ao intervalo, destaque para mais uma oportunidade para Haaland, após um belo passe de Julián Álvarez, mas o norueguês pediu licença e perdoou o que não costuma falhar.

No arranque do segundo tempo, o Bournemouth viu um golo ser anulado a Solanke por fora de jogo. Aproveitando a apatia do City, o avançado acertou no poste pouco depois, mas a figura do jogo era apenas uma: no primeiro lance de perigo da segunda parte, Doku foi para cima da defesa, encontrou a linha de passe para oferecer o golo a Foden que, dentro de área, não desperdiçou.

O Bournemouth mexeu, com a entrada de Luis Sinisterra, que viria a apontar o golo de honra dos Cherries, arrumando Kyle Walker da frente antes de finalizar por baixo do corpo de Ederson, concluindo um excelente cruzamento de Max Aarons.

Se o homem do jogo foi um, o momento do jogo pertenceu a outro, com ambos na pintura. Doku somou a quarta assistência do jogo com um grande passe a isolar Bernardo Silva sobre o flanco direito, o português entrou na área, fintou o defesa e picou sem dó nem piedade sobre o infortunado Radu para fazer o melhor golo do jogo, aos 83 minutos. Ainda antes do apito final, Aké estabeleceu o resultado final na conclusão de um cruzamento de Oscar Bobb.

Sheffield 2-1 Wolves 

Sem a figura maior Pedro Neto devido a lesão, o Wolves foi a Sheffield com José Sá, Nelson Semedo e Toti Gomes a titulares e Fábio Silva no banco de suplentes. Os lobos não souberam aproveitar a superioridade demonstrada na primeira parte e regressaram dos balneários algo atónito, permitindo que o último classificado - um ponto em 10 jogos - fosse crescendo na partida. 

Aos 72 minutos, um mau alívio de Toti permitiu a Cameron Archer isolar-se desde o meio-campo mas nem sequer pediu licença para rematar de fora de área, junto ao ângulo, sem hipóteses para José Sá. Mas o Wolverhampton não desistiu e foi recompensado com o golo do empate, já com Fábio Silva em campo. O reforço Bellegarde aproveitou uma bola solta à entrada da área e rematou à meia volta, beneficiando de um desvio. 

Porém, aos 90+9, o avançado português cometeu uma grande penalidade sobre Norwood e o capitão do Sheffield, chamado a converter, fuzilou a baliza de José Sá sem dar hipóteses ao guardião português.

Brentford 3-2 West Ham

Separados por um ponto na tabela, Brentford e West Ham ofereceram um duelo bem repartido. Os Bees chegaram á vantagem por intermédio de Neal Maupay, aos 11 minutos numa jogada de insistência na área, desviando de cabeça o remate de Onyeka. 

Os Hammers não demoraram muito a responder e a ripostar: aos 19 minutos, o reforço Kudus igualou o encontro com um grande pontapé acrobático e, aos 26, foi a vez de Jarrod Bowen fazer - mais uma vez - o gosto ao pé, ao empurrar para o fundo das redes depois de Kudus ter acertado no poste.

Os anfitriões não desistiram no regresso dos balneários e foram bafejados pela sorte. Aos 55 minutos, um cruzamento de Mbeumo foi desviado por Mavropanos para a própria baliza. As bolas paradas provaram ser o calcanhar de Aquiles do West Ham, já que aos 69 minutos, Nathan Collins subiu ao terceiro andar e operou nova reviravolta no marcador.

Everton 1-1 Brighton

Com Beto, Chermiti e João Virgínia no banco, o Everton tinha a missão espinhosa de superar uma das equipas que pratica melhor futebol em Inglaterra. Isso tornou-se mais fácil porque, aos sete minutos, Mykolenko infiltrou-se na área adversária, desviou um cruzamento traiçoeiro para uma primeira defesa e, na recarga, inaugurou o marcador.

O jogo foi-se aproximando do fim e tudo parecia que os Toffees iam somar a terceira vitória consecutiva em todas as competições, mas acabaram traídos por um dos seus num lance muito infeliz. Aos 84 minutos, Mitoma ganhou espaço para o cruzamento, a bola desviou em Ashley Young e sobrevoou Pickford, que não teve grandes hipóteses de defesa.

Fulham 0-1 Manchester United

No duelo entre portugueses, sorriram Bruno Fernandes e Dalot. O United entrou bem, mas a boa exibição durou apenas oito minutos, quando Scott McTominay viu o golo inaugural ser anulado por fora de jogo de Harry Maguire, uma decisão que obrigou o árbitro a recorrer ao monitor do VAR. A partir daí, um deserto de ideias da equipa de Dalot e Bruno Fernandes, ambos titulares.

O médio português ainda tentou agitar o jogo antes do intervalo, mas foi travado por Bernd Leno. O Fulham crescia, com João Palhinha na casa das máquinas a permitir que Harry Wilson e William começassem a crescer. O jovem galês testou os reflexos de Onana antes do descanso. Do outro lado, Antony e Hojlund muito apagados.

Se Ten Hag puxou ou não orelhas ao intervalo não trouxe qualquer efeito na equipa, exceto para Alejandro Garnachom, cuja irreverência era o melhor que os Red Devils conseguiam mostrar, com Bernd Leno sempre atento. Mas quem brilhava entre os postes era Onana, acumulando uma série de intervenções de nível elevado para negar os golos de Harry Wilson e Palhinha. Rodrigo Muniz foi o azarado do jogo, já que pouco depois de cabecear muito perto da trave, teve sair devido a lesão.

As entradas de Martial e Mason Mount trouxeram novo ímpeto e abanaram a monotonia do United. O avançado francês quase teve impacto imediato com uma bicicleta que saiu ao lado, na sequência de um livre cobrado por Bruno Fernandes e defendido por Leno. Mas o médio do Sporting não ficaria por aqui: já em tempo de descontos, tirou um coelho da cartola, arrumando dois defesas da frente antes de rematar rasteiro para o buraco da agulha e resolver o encontro.