O acordo fará com que a BlueCo invista na equipa principal e na academia do Estrasburgo, enquanto Marc Keller permanece como presidente do clube, onde está ao leme desde 2012, quando o clube estava em risco de falência.
Desde então, o Estrasburgo foi promovido da terceira divisão para a Ligue 1, onde jogou nas últimas seis épocas, e também ganhou a Taça da Liga Francesa em 2019. Na época passada, o clube terminou em 15.º lugar na Ligue 1.
"É um dia importante para o Racing (Club de Estrasburgo). É algo em que eu e os meus amigos accionistas temos vindo a pensar nos últimos dois anos", afirmou Keller em comunicado.
"Construímos um clube saudável a todos os níveis e bem gerido. Embora não houvesse urgência financeira, estávamos conscientes de que tínhamos atingido o limite máximo do nosso modelo".
"Se queríamos continuar a impulsionar o Racing e a projetá-lo para uma nova dimensão, tínhamos necessariamente de nos fazer acompanhar de uma estrutura sólida capaz de suportar o nosso desenvolvimento e a nossa ambição", explicou.
Os detalhes da participação não foram divulgados, mas o The Guardian informou que o consórcio terá quase 100% de propriedade depois de pagar 75 milhões de euros.
O Chelsea foi adquirido no ano passado por um grupo de investimento liderado por Todd Boehly e Clearlake Capital, depois de Roman Abramovich ter sido forçado a vender o clube da Premier League.
"A BlueCo pretende contribuir ativamente para o desenvolvimento do modelo posto em prática por Marc Keller. Em primeiro lugar, financeiramente, fornecendo capital para investir nas primeiras equipas masculinas e femininas, na academia e no clube como um todo", referiu o grupo em comunicado.
Mira apontada para Vila do Conde
As ambições de Boehly e da Blueco são claras: o objetivo é um modelo multi-clube disperso por vários campeonatos. O Chelsea e o Estrasburgo já estão garantidos e a imprensa internacional - que já tinha avançado com o interesse no emblema francês - aponta agora a mais dois objetivos a curto prazo: um clube na Bélgica e... o Rio Ave.
Segundo o jornalista belga Sacha Tavolieri, os responsáveis do consórcio vão agora focar as atenções nas negociações com o 12.º classificado da última edição da Liga Portugal.
De recordar que o Rio Ave está também num período de transição estrutural, com a saída do presidente António Silva Campos, em final de mandato, que será substituído por Alexandrina Cruz, a candidata única ao sufrágio agendado para 01 de julho. A responsável de 45 anos prepara-se para se tornar na primeira mulher presidente de um clube do principal escalão português.