“Não estou a pensar sair, mas estou desiludido. Passou pouco tempo, mas essa ideia (de sair) pode surgir no futuro. A verdade é que muitos jogadores não vieram para aqui exclusivamente pelo futebol, e nesse aspecto estamos felizes, mas eu procuro algo mais do que a parte económica. Ao nível da qualidade de vida esperava algo diferente. Por exemplo por dia passas três horas dentro do carro, Riade é só trânsito, é muito tempo perdido. Se quiseres ir a algum lado, é logo uma hora e meia”, desabafou Laporte, apontando outras queixas: “Negoceias uma coisa, dizem que sim e depois de assinar afinal parece que não, é tudo levado com muita calma”.

Depois da saída de Jordan Henderson, Laporte assumiu que existem outros jogadores que não estão satisfeitos com a aventura na Arábia Saudita.

“É uma grande mudança vir da Europa e tudo é uma questão de adaptação, mas não nos deram grandes facilidades. Sei que existem vários jogadores descontentes, mas bom vamos trabalhando todos os dias, negociando, para ver se melhora um pouco porque também é algo novo para eles. Não estavam habituados a ter jogadores europeus desta qualidade e vão ter de se adaptar, também ter mais seriedade”, desabafou. 

Recorde-se que Laporte chegou ao Al Nassr no verão por 27,5 milhões de euros. O central espanhol tinha deixado o Manchester City, onde conquistou a treble em 2022/23 e passou cinco temporadas e meia, vindo do Athletic Bilbao.

No Mrsool Park divide balneário com Cristiano Ronaldo, Otávio ou Sadio Mané num dos quatro clubes intervencionados pelo PIF. Al-Ittihad (Benzema, Fabinho e Kanté), Al Hilal (Neymar, Rúben Neves e Milinkovic-Savic) e Al Ahli (Roberto Firmino e Edouard Mendy) são os outros clubes sobre alçada do governo e que atraíram estrelas de renome neste verão.