Henderson foi vaiado fora do campo durante a vitória de sexta-feira sobre a Austrália (1-0), admitindo que foi "dececionante" ser alvo de uma reação negativa.

O jogador de 33 anos foi alvo de críticas quando trocou o papel de capitão do Liverpool pela Liga Profissional Saudita, juntando-se ao Al-Ettifaq de Steven Gerrard em julho.

O médio tinha sido um defensor incondicional dos direitos LGBTQ durante o seu tempo em Anfield e, no mês passado, pediu desculpa por qualquer mágoa que tenha causado ao mudar-se para um país onde a homossexualidade é ilegal.

Houve murmúrios quando o nome de Henderson foi lido antes do jogo com a Austrália, mas uma minoria vocal aplaudiu audivelmente quando foi substituído na segunda parte e ouviram-se algumas vaias quando saiu do banco na vitória sobre a Itália (3-1) na qualificação para o Euro 2024, na terça-feira.

Maguire, que foi vaiado pelos adeptos do Manchester United e de Inglaterra, disse que aqueles que se voltaram contra Henderson "não são adeptos de Inglaterra".

"Os verdadeiros adeptos ingleses não vaiam os jogadores. Não vaiam jogadores que dedicam a sua vida a jogar e fazem tudo o que podem para que este país tenha boas recordações e momentos especiais para eles, para os adeptos e para as suas famílias", disse à Sky Sports.

"Conheço muitos adeptos ingleses de topo e conheço os adeptos ingleses que me têm acompanhado desde a minha estreia. Eles apoiam-me e também apoiam o Jordan. Ouviram-se muitos aplausos e, sim, algumas vaias, mas não são adeptos ingleses", acrescentou.

Henderson, que foi nomeado capitão contra os Socceroos, e Maguire provavelmente manterão a fé de Gareth Southgate, apesar de algumas reações negativas, já que o chefe da Inglaterra disse na véspera do jogo contra a Itália que não poderia escolher sua equipe em um "concurso de popularidade".