"Temos um líder jovem e uma população muito jovem. Nas ruas de Riade há muitas crianças a jogar à bola", referiu o vice-presidente da federação de futebol da Arábia Saudita, assegurando que o país "trabalha no futebol há muitos anos".
"As pessoas estão entusiasmadas e há muita procura. É um dos principais pontos do Plano 2030 promovido pelo nosso governo para transformar o país", acrescentou o responsável, vincando que "oitenta por cento da nossa população adora futebol" e que "trazer o Cristiano mostra a nossa paixão pelo jogo, nem tudo gira à volta do dinheiro".
Assegurando que no país "existem verdadeiros adeptos" de grandes emblemas mundiais, Ibrahim Alkassim explicou que "Cristiano satisfaz essa exigência de paixão pelo futebol".
"Já percebemos que o público nos estádios aumentou desde que ele foi anunciado. A ideia é melhorar a qualidade de vida do nosso país através do desporto. Ter o Cristiano aqui inspira muito o resto dos jovens a jogar, a imitá-lo. É um "efeito de atração" muito interessante para a nossa população jovem", salientou.
"Os jovens sonham em ser como o Cristiano e agora têm a oportunidade de o ver ao vivo. Isso irá influenciá-los para o futuro, na sua educação. No passado já tivemos craques como Rivelino, Bebeto ou outros. Temos agora uma Liga global, com 120 estrangeiros de mais de 50 países", apontou.
Questionado sobre o triunfo da Arábia Saudita no jogo de estreia do Mundial-2022 frente à Argentina, que se sagraria campeã, o Ibrahim Alkassim vincou que "não foi coincidência nem sorte".
"É o reflexo de anos de trabalho na federação. Quase todos os jogadores estiveram no Mundial junior em 2011, na Colômbia. Foi gota a gota. Estamos no 49.º posto do ranking FIFA e em 2034 queremos estar no top-20. Também queremos subir no futebol feminino", afiançou.