Boas notícias para o AC Milan. De facto, a assembleia de acionistas do clube rossoneri aprovou o balanço até 30 de junho de 2023. O valor final é um lucro de 6,1 milhões de euros, mostrando uma forte melhoria em relação ao ano anterior, quando o AC Milan havia registado 66 milhões de euros de prejuízo.
No total, o volume de negócios ascendeu a 404 milhões de euros, com 78 milhões de euros em caixa e investimentos de 79 milhões de euros.
"A reunião correu muito bem. O balanço consolidado foi aprovado e prevê um lucro de 6 milhões. Tal como está a 30 de junho, está a montante de toda a campanha de compras. O volume de negócios é superior a 400 milhões, gerou um cash de 78 milhões com investimentos de 79 milhões: todo o cash gerado foi investido. Foi um bom ano. Quando assumi a presidência, tínhamos um volume de negócios inferior a 200 milhões e agora duplicámos", afirmou, no final da reunião, que durou 45 minutos, o presidente Paolo Scaroni.
Objetivos futuros
Para o proprietário dos rossoneri, era obviamente importante regressar à Liga dos Campeões de forma permanente.
"Dos 400 milhões de receitas, a Liga dos Campeões trouxe mais de 100 milhões. Digo isto para deixar clara a importância de estar na Liga dos Campeões e de ter bons resultados: é por isso que digo que me interessa estar na Liga dos Campeões. Com ela alimentamos os nossos adeptos em todo o mundo e o nosso desempenho desportivo", explicou.
Depois, um comentário sobre a renovação de Rafael Leão.
"A operação foi conduzida com grande habilidade por Giorgio Furlani: sem a sua capacidade de negociar e compreender a intriga jurídica, teria sido difícil concluí-la", disse.
Como corolário desta declaração, foi-lhe perguntado se em janeiro chegarão reforços ao ataque. Scaroni respondeu destacando os objetivos deste ano.
"Grande golpe no ataque com estes números económicos? Espero que sim. Depois, os resultados económicos são muito influenciados pelos resultados desportivos: se o AC Milan estiver bem na Liga dos Campeões, se entrar na Liga dos Campeões no próximo ano e lutar pelo Scudetto... Tudo será mais sustentável", explicou.
A questão do estádio
Por último, Scaroni também se pronunciou sobre a questão do estádio, reiterando que o AC Milan está a olhar para o futuro.
"Fiquei satisfeito por ver que Sala está a tentar retirar a penhora. Tenho de dizer a verdade: é com alguma pena que vejo estas novas iniciativas do presidente da Câmara, porque se a administração municipal tivesse casado o projeto há quatro anos, tornando-o seu, já teríamos construído o estádio", defendeu.
O objetivo dos rossoneri é, portanto, "emigrar", como reitera o patrono.
"Não posso esquecer a incapacidade da administração municipal para abraçar o projeto do estádio em Milão, até porque havia quem o pagasse, com os dois clubes dispostos a financiá-lo. Agora, o presidente da Câmara está a lutar para desemaranhar o emaranhado da superintendência. Enquanto o constrangimento se mantiver, a hipótese de San Siro não existe. Nós, como AC Milan, estamos a avançar com San Donato", disse.
O objetivo do novo estádio é, sem dúvida, mais sustentável, como refere Scaroni.
"Até 70.000 são dois anéis, mais de 70.000 são três anéis. Um anel extra custa muito mais e o jogo é visto um pouco através do telescópio. Os 70 mil estão um pouco no limite, queremos que o estádio tenha dois anéis. Poucas vezes em San Siro há mais de 70 mil espectadores", lembrou.