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Caso das mais-valias da Juventus: atas chegam a Roma, 11 agentes também vão a julgamento

Adeptos da Juve no estádio
Adeptos da Juve no estádioProfimedia

O envio está relacionado com a decisão do Supremo Tribunal de Cassação - a mais alta instância do sistema judiciário italiano - que, em 06 de setembro, estabeleceu a competência territorial do processo na capital do país. Entre os agentes que vão a julgamento, por contratos de mandato fictícios e honorários por negócios inexistentes, encontra-se também Davide Lippi, filho de Marcello, antigo selecionador italiano que conduziu a Azurra ao Mundial-2006.

As atas transmitidas pela Procuradoria de Turim relativas à investigação sobre as mais-valias e as manobras salariais da Juventus chegaram ao conhecimento dos procuradores de Roma.

12 pessoas estão a ser investigadas neste processo, incluindo o antigo presidente da Juventus, Andrea Agnelli, e outros ex-dirigentes, como Pavel Nedved, Maurizio Arrivabene e Fabio Paratici.

Fabio Paratici, Andrea Agnelli e Pavel Nedved
Fabio Paratici, Andrea Agnelli e Pavel NedvedAFP

As acusações contra os suspeitos são, de acordo com o processo, manipulação de mercado, obstrução à supervisão e falsa faturação. O processo foi confiado aos procuradores do Ministério Público de Roma, responsáveis pelos crimes económicos.

Agentes em julgamento

11 agentes de jogadores de futebol vão ser julgados, a partir do próximo dia 22 de dezembro, pela justiça desportiva, por contratos de mandato fictícios e honorários por negócios inexistentes. Será, de facto, a comissão federal que se ocupa dos agentes a julgar os casos individuais.

Esta é a segunda vertente desportiva, filha da investigação "Prisma", do Ministério Público de Turim sobre as alegadas mais-valias ad hoc e manobras orçamentais, que começou com as auditorias da Consob - semelhante à CMVM em Portugal - e da Covisoc - Comissão de Vigilância sobre as Sociedades do Futebol Profissional - às várias operações da Juventus.

E é precisamente sobre as alegadas relações com a Vecchia Signora que esses 11 agentes vão ser ouvidos pelos comissores federais. Entre eles - como noticiado esta quarta-feira pelo Qn-il Resto del Carlino - o antigo médio da Fiorentina e da Reggiana, Luca Ariatti, por duas faturas de 15 mil euros cada pagas à sua agência, mas também Davide Lippi, filho de Marcello, antigo selecionador italiano, campeão do mundo em 2006 -.

Os restantes são Michele Fioravanti, Giuseppe Galli, Gabriele Giuffrida, Vincenzo Morabito, Silvio Pagliari, Giorgio Parretti, Luca Puccinelli, Antonio Rebesco e Tullio Tinti, todos agentes de jogadores de futebol conhecidos na Série A e nas ligas inferiores.