A decisão já tinha sido proferida pela 3.ª Comissão Disciplinar, mas os advogados corintianos conseguiram protelar a pena após entrarem com um pedido de suspensão.
No julgamento desta quinta-feira, os representantes do Corinthians alegaram ao Tribunal que "não houve dolo" no comportamento da claque e que os cânticos entoados existem há mais de 30 anos e são provocações.

"Não necessariamente existe dolo se disser "isso é homofobico, de extrema gravidade". Não é de extrema gravidade. Não tem dolo. É cântico para provocar uma equipa e incentivar a outra. Muito diferente dos casos de racismo, como aconteceu com o Vini Jr lá fora. Ali houve dolo, chamando o jogador de macaco", defendeu Daniel Bialski, advogado corintiano.
Apesar das alegações, o Pleno do STJD manteve-se convencido da responsabilidade do Corinthians, como exposto pelo procurador Rafael Bozzano.
"O clube não identificou nenhum adepto num estádio moderno com todas as possibilidades para dizer "olha, vai ficar 720 dias sem entrar no recinto desportivo. De nada adianta fazer publicidade e marketing contra a homofobia nos ecrãs do estádio para 45 mil pessoas se as pessoas não respeitam", declarou.
A pena imposta ao Corinthians vai ser aplicada no jogo contra o Vasco, da 18.ª jornada do Brasileirão, no dia 30 de julho, uma vez que não há data ainda definida para o confronto entre Corinthians e Grémio, da 15.ª ronda e inicialmente agendado para o dia 15 de julho.