Com este acordo, o clube mais bem sucedido de Itália pretende resolver o problema com as autoridades do futebol antes do final da atual época da Serie A e clarificar o seu futuro, que tem sido assombrado por escândalos financeiros.

Nos termos do acordo, a Juventus vai pagar uma multa de 718.000 euros e renuncia a quaisquer recursos em processos desportivos em curso.

Não serão deduzidos mais pontos esta época, depois de no início do ano ter perdido 10 pontos num caso separado relacionado com as transferências de jogadores do clube.

As ações da Juventus cotadas em Milão subiram 9,9% após o anúncio do acordo e estavam a subir 6,5% às 12:25 de Lisboa.

A Juventus indicou que, enquanto reitera que as suas ações foram correctas e os seus argumentos foram sólidos, decidiu aceitar o acordo "no melhor interesse" do próprio clube, dos accionistas e das partes interessadas.

"A resolução de todos os processos desportivos em curso na Federação Italiana de Futebol (FIGC) permite à empresa obter um resultado definitivo", pode ler-se em comunicado, acrescentando que o acordo elimina a "tensão a instabilidade" e permitiria ao emblema concentrar-se na próxima temporada.

A um jogo do fim do campeonato, o acordo deixa a Juventus em sétimo lugar na Serie A, com 59 pontos, o que lhe permite, em teoria, qualificar-se para a Liga Conferência Europa da próxima época e ainda aspirar a um lugar na mais lucrativa Liga Europa.

No entanto, a Juventus poderá perder o lugar no futebol europeu devido às sanções que podem ser impostas na sequência de uma investigação separada efetuada pela UEFA, a entidade que rege o futebol europeu, segundo noticiaram vários jornais italianos.

O acordo desta terça-feira incluiu ainda multas para sete executivos atuais e anteriores da Vecchia Signora, ao passo que a posição do antigo presidente, Andrea Agnelli, vai ser determinada numa audição agendada para 15 de junho, segundo a Federação.

Os inquéritos das autoridades desportivas à Juve foram desencadeados por investigações do Ministério Público de Turim, onde está sediado o clube, num caso de alegada contabilidade falsa.

No âmbito deste processo, Agnelli, 11 outras pessoas e o próprio clube correm o risco de serem julgados em tribunal.

O clube negou quaisquer irregularidades e garantiu que a contabilidade está em conformidade com as normas do setor.