Recorde as incidências do jogo
A vitória por 2-0 sobre a despromovida Sampdoria foi apenas um aperitivo antes do verdadeiro motivo que levou os adeptos a lotarem o Estádio Diego Armando Maradona: ver a equipa levantar o troféu pela primeira vez em 33 longos anos.
Victor Osimhen abriu o marcador de penálti a meio do segundo tempo, marcando o 26.º golo no campeonato numa temporada impressionante que o tornou no maior goleador africano da história da Série A.
Giovanni Simeone garantiu que os anfitriões terminariam a época com 90 pontos aos 85 minutos, com um golo de longe, e festejou a segurar uma camisola do Nápoles usada pelo ídolo e compatriota Maradona.
"Esta época foi brilhante para mim, para os meus colegas de equipa e para o Nápoles. Merecíamos isto", disse Osimhen à DAZN, antes de falar sobre a possibilidade de deixar o clube no verão. "Não sei, o presidente tem de decidir isso. Adoro o povo de Nápoles, que me tem mostrado muito amor. Para mim, não me importo, o presidente é que decide e eu vou seguir a corrente".
A conquista do título pelo Nápoles foi o ponto alto da longa e agitada carreira de Spalletti como técnico, que recebeu muitos elogios, mas poucos troféus.
"Tenho de ser fiel a mim próprio, a minha saída foi uma decisão que tomei e que me levou a tomar. Mesmo quando estiver em casa, será como se estivesse nas bancadas a ver e a torcer por eles", disse Spalletti.
Os adeptos esperam que quem quer que assuma o lugar de Spalletti seja capaz de utilizar o talentoso plantel reunido pelo director desportivo cessante, Cristiano Giuntoli, uma vez que alguns jogadores, como Osimhen, são alvos de clubes mais ricos a norte dos Alpes.
"Eu diria a eles para confiarem nesses miúdos, porque eles têm uma qualidade humana e de jogo que permite que eles continuem a jogar", disse Spalletti.
Lágrimas de Quagliarella
Fabio Quagliarella foi homenageado pelos adeptos do Nápoles na sua última partida na primeira divisão italiana, num dia de muita emoção para o capitão da Samp.
Os adeptos do Nápoles consideraram-no um inimigo quando ele partiu para a rival Juventus depois de apenas uma época, em 2010, sem saberem, até anos mais tarde, que um bizarro plano de perseguição tinha forçado a sua saída.
O jogador de 40 anos, que marcou 182 golos na Serie A, chorou abertamente depois de receber uma placa dos adeptos, que também estenderam uma faixa nas bancadas com a frase: Nunca serás esquecido pelo teu povo".
Foi depois aplaudido e abraçado pelos jogadores adversários quando foi substituído nos últimos momentos.
Quagliarella poderá continuar a sua carreira de jogador na próxima época, uma vez que a Samp, sob nova direção e já sem perspetivas de falência, tenta regressar à primeira divisão.