Operação Penalidade Máxima investiga suspeitas de manipulação na Série A do Brasil

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Operação Penalidade Máxima investiga suspeitas de manipulação na Série A do Brasil

Atualizado
Autoridades investigam envolvimento de atletas em manipulação de resultados
Autoridades investigam envolvimento de atletas em manipulação de resultadosPixabay/Divulgação
A Operação Penalidade Máxima avançou esta terça-feira e ganhou novos desdobramentos. Encabeçada pelo Ministério Público de Goiás, a investigação identificou uma suspeita de manipulação de resultados em cinco jogos da Série A brasileira no ano passado. Os jogos em que as irregularidades alegadamente aconteceram ainda não foram divulgadas pelos agentes públicos.

Esta terça-feira, o Ministério Público de Goiás em conjunto com as forças de segurança de outros estados, cumpriu três mandados de prisão preventiva e mais 20 de busca e apreensão. Um dos nomes investigados é o defesa Victor Ramos, da Chapecoense, que atuou em parte do Paulistão com a camisola da Portuguesa. O staff do atleta nega qualquer envolvimento em esquema de apostas.

Outros quatro atletas são também alvos da operação: o lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, o médio Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS, o defesa Kevin Lomónaco, do Bragantino, e um outro jogador que atua no Rio Grande do Sul, cujo nome não foi revelado. O MP, no entanto, não confirmou nenhum nome até ao momento.

Expedidos pela Justiça de Goiás, os mandados da operação desta terça-feira foram cumpridos nas seguintes cidades: Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Além dos jogos da Série A e da Série B do ano passado, o Ministério Público de Goiás investiga ainda indícios de manipulação de resultados em jogos dos Campeonatos Estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Todos os episódios em apuração ocorreram na temporada passada.

Defesa Victor Ramos, da Chapecoense, foi alvo de investigação
Defesa Victor Ramos, da Chapecoense, foi alvo de investigaçãoChapecoense/Divulgação

Como funcionava o esquema?

Os jogadores eram abordados por pessoas que integravam o esquema com ofertas que variavam entre 50 mil (9.000 euros) a 100 mil reais (18.000 euros). Ficava então acertado que os atletas manipulariam certos mercados, como número de cartões, cantos, faltas e até mesmo atuar em prol da derrota da própria equipa. Com o esquema, os apostadores obtinham lucros em várias casas de apostas ou através de testas de ferro.

Veja a nota do MP de Góias sobre a investigação:

"O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou na manhã de hoje (18/04) a Operação Penalidade Máxima II, visando a obtenção de novos vestígios da atuação de organização criminosa com atuação especializada na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional - inclusive do Brasileirão Série A.

Há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, bem como em 5 partidas de Campeonatos Estaduais, entre eles, os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano.

Estão sendo cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.

Os mandados estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Os Gaecos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o Cyber Gaeco do MP de São Paulo e do Centro de Inteligência do MP do Rio de Janeiro, além das polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, dão apoio ao cumprimento das diligências.

Trata-se de desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 a qual resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo."