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"Falou-se demasiado de mim e durante demasiado tempo. Não creio que isso tenha feito bem a ninguém. Não me fez bem a mim", atirou, na conferência de antevisão ao dérbi da cidade de Milão, numa altura em que o seu destino parece estar selado.
"Críticas? Não me interessa, têm o direito de criticar e de julgar, tanto a imprensa como os adeptos. Alguns fizeram-no com respeito e outros menos. Mas é algo que não posso mudar", continuou.
O Milan pode entregar oficialmente o título ao Inter, depois de ter sido eliminado da Liga Europa, pela Roma, nos quartos de final.
"Peço ao meu Milan para ganhar amanhã (segunda-feira) para acabarmos bem. Vínhamos de um ciclo de sete vitórias e depois fomos derrotados pela Roma, mas não jogámos como sabemos jogar", lembrou.
"A equipa sabe que este dérbi é muito importante porque vimos de cinco derrotas e existe o risco de o Inter ganhar o Scudetto contra o Milan. Os jogadores já perceberam isso, então temos de o pôr em campo", garantiu.
Pioli já fala como um antigo treinador
"A equipa não deve jogar para mim, mas para a camisola, para os adeptos. Não devem ganhar por mim. Amanhã (segunda-feira) o que conta é o desempenho, o resultado, não Pioli", atirou.
Embora a sua despedida no final da época pareça agora certa, Pioli está irritado com algumas críticas e mostrou essa irritação numa conferência de imprensa tensa em que optou por não responder àqueles que lhe pedem um balanço ou para falar dos erros cometidos.
"Responderei no final da época, direi o que não funcionou e porquê. Ganhei experiência aqui e levo certamente alguma coisa. O que é que eu acho que ainda posso dar? Tudo o que sinto que posso dar, como fiz desde o primeiro dia. Dei tudo e recebi muito", concluiu.