"Não quero parecer arrogante, mas naqueles seis meses eu era de longe o melhor jogador da equipa, e havia Balotelli, Kaká e Robinho. Os adeptos sabiam-no, Seedorf (o treinador da altura) adorava-me, era fantástico. Passados apenas dois meses, falou-se da transferência, mas no verão tudo mudou (janeiro de 2015)", lembrou Taarabt, em entrevista à La Gazzetta dello Sport. 

"Lembro-me de uma discussão que nunca tinha visto antes. Sei que parece estranho ouvir isto porque o Kaká é o 'rapaz perfeito', mas aconteceu. Resumindo, foi assim: exercícios, ataque contra defesa, em vez de servir o Ricky passei a bola ao Balotelli, e ele começou a gritar comigo "Porra, sou o Kaká!", fiquei espantado, mas ele não parou, por isso a certa altura pus-lhe as mãos à volta do pescoço", contou Taarabt.

"Tu és o Kaká, mas se gritares eu perco a cabeça. No dia seguinte, porém, ele pediu desculpa e levou-me a almoçar fora. Nessa altura, o balneário tinha clãs. Uns não queriam ajudar o Seedorf, outros não. Eu estava no meio", acrescentou o médio marroquino, atualmente no Al Nasr dos Emirados Árabes Unidos.