O caso foi dado por concluído no último dia 28 de dezembro pela juíza Bettina Bochsler. Ela já havia acatado em novembro do ano passado a argumentação da defesa de Cuca, que pontuou ao Tribunal que o treinador foi condenado à revelia, sem a devida representação legal.
O Ministério Público da Suíça, no entanto, não deu abertura a um novo julgamento, pois o crime tinha prescrito. Desta maneira, a decisão do tribunal local foi pela anulação e encerramento do caso.
A defesa de Cuca afirma ter documentação e provas que atestam a inocência do treinador no caso de violação da menor Sandra Pfäffli, de apenas 13 anos na época. É importante salientar que a anulação não comprova a inocência do profissional do futebol, mas encerra judicialmente um capítulo nebuloso na trajetória do ex-jogador e treinador.
"Hoje eu entendo que deveria ter tratado este assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos oito meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus", disse o técnico, em nota oficial.
Além da anulação, a Justiça suíça ainda determinou o pagamento de 13 mil francos suíços (14 mil euros) em indemnização ao treinador. O valor passou para 9.500 francos (10 mil euros) após desconto de custos processuais do caso julgado em 15 de agosto de 1989.
Em abril do ano passado, em meio à grande pressão que sofreu no Corinthians devido ao "Escândalo de Berna", Cuca pediu demissão do clube paulista. Ele é o treinador com passagem mais curta pela história corintiana junto com o Maestro Júnior, que pediu para sair também após duas partidas, em 2003.