A Argélia venceu o torneio de 2019, com base em desempenhos inspiradores de jogadores como Riyad Mahrez e Ismael Bennacer, médio do AC Milan, mas a defesa do título na edição seguinte, nos Camarões, há dois anos, viu a Argélia terminar em último lugar do grupo, sem ganhar um jogo.
A campanha incluiu uma derrota humilhante para a pequena Guiné Equatorial e um empate sem golos com a frágil Serra Leoa, que fazia uma rara participação na competição.
Na Costa do Marfim, a seleção começou o torneio deste ano com um empate (1-1) com Angola, na segunda-feira, dominando a partida e marcando o primeiro golo antes de perder um penálti na segunda parte.
"Dissemos que tínhamos de conquistar os três pontos para começarmos bem, mas não o fizemos, por isso agora vamos fazer tudo o que pudermos para conquistar os três pontos", disse o treinador da Argélia, Djamel Belmadi, em conferência de imprensa esta sexta-feira.
"As pessoas estão sempre a falar comigo sobre o que aconteceu nos Camarões, mas estar sempre a chorar sobre isso não resolve nada. Se falharmos no futebol, o importante é levantarmo-nos de novo. Usamos essas experiências para nos reerguermos", explicou.
Para Belmadi, o facto de a Argélia não ter vencido nos últimos quatro jogos da fase final é irrelevante.
"As estatísticas são muitas vezes importantes, significam coisas, mas o futebol nem sempre é o que vemos nas estatísticas. O que teria sido ainda mais preocupante era não ver uma equipa com vontade de jogar ou de atacar", disse aos jornalistas.
"Quando vemos Angola, a Guiné Equatorial, mais uma vez já não há equipas pequenas. As equipas trabalham, aproveitam as oportunidades, estão bem preparadas. Não são os principais favoritos que ganham necessariamente", acrescentou Belmadi.