Os ganeses têm apenas um ponto no Grupo B, depois de terem perdido por 2-1 para Cabo Verde no jogo de abertura e empatado 2-2 com o Egipto. Se perderem para uma equipa de Moçambique que nunca ganhou um jogo na CAN, em 14 tentativas, o Gana, tetracampeão africano, será eliminado.
Um empate também deixaria o Gana perante uma provável eliminação. Embora uma vitória em Abidjan possa não colocar o Gana entre os dois primeiros lugares do grupo, dar-lhe-ia uma boa hipótese de passar como um dos melhores terceiros classificados.
"Estamos todos cientes de que esta é uma situação em que preferiríamos não estar", disse o técnico de Gana, Chris Hughton, aos jornalistas no domingo: "Preferíamos ter mais pontos e sentimos que, com base no nosso desempenho e nos golos que sofremos, devíamos estar numa posição melhor, mas não estamos. A conversa não é difícil. Este é um jogo que temos de ganhar".
O Gana tem um historial de orgulho na Taça das Nações, mas não vence o troféu desde 1982 e teve um desempenho fraco nas duas últimas edições. Eliminados nos oitavos de final no Egipto em 2019, foram afastados na fase de grupos nos Camarões há dois anos.
Nessa ocasião, os ganesess também tinham um ponto nos dois primeiros jogos, antes de um último jogo que se esperava que vencessem contra as minúsculas Comores. Os black stars perderam por 2-3 e terminou em último lugar no grupo.
"Se nos concentrarmos demasiado no passado num determinado jogo, isso pode afetar a nossa preparação e o nosso pensamento", afirmou Hughton: "Só podemos pensar no que está à nossa frente agora e num jogo difícil amanhã."
Ex-jogador do Tottenham, Hughton também descartou as sugestões de que a orgulhosa história de Gana poderia estar pesando sobre ele e a equipa.
"Não há ninguém associado aos Estrelas Negras que não esteja consciente dos troféus que ganhámos no passado, mas este é um ano diferente", afirmou.
O treinador acrescentou que espera que o médio do Anderlecht, Majeed Ashimeru, esteja disponível depois de ter saído contra o Egipto devido a uma pancada.