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"Seria um dos melhores momentos da minha vida", disse o jogador de 25 anos à AFP em Abidjan, onde as Super Águias se preparam para enfrentar a anfitriã Costa do Marfim no segundo jogo da fase de grupos desta edição da AFCON, na quinta-feira.
"Já fiz isso com o Nápoles, fiz história, mas não importa o que eu faça, não importa quantos golos marque, quando ganhar a CAN, poderei dizer que concluí os meus objetivos. Estou ansioso para ganhar alguma coisa com as Super Águias", admitiu.
Osimhen é, naturalmente, o centro das atenções em torno da seleção nigeriana após as suas façanhas com os napolitanos, marcando 26 golos na última temporada e levando o clube ao seu primeiro Scudetto desde 1990.
Os olhos do país mais populoso da África, com mais de 220 milhões de habitantes, estão voltados para ele, mas ele garante que sabe lidar com a pressão.
"Sempre tive grandes objetivos na minha vida, desde que cresci, e essa pressão é natural. Sou o tipo de pessoa que não cede sob pressão. Quando a pressão surge, eu penso em dar o meu melhor e fazer o melhor para mim mesmo", disse o jogador no hotel da seleção nigeriana, com vista para a baía de Cocody, em Abidjan.
"Até agora tudo bem, tenho estado bem no meu clube e no meu país, o que considero ser o mais importante", disse Osimhen, que venceu Achraf Hakimi e Mohamed Salah para o prémio de melhor jogador africano.
"Ganhar o prémio de melhor jogador africano do ano é o sonho de qualquer jovem jogador africano. Para mim, o facto de o ter ganho mostra o tipo de coisas que fiz, o trabalho árduo, o suor e as lágrimas. Para mim, é realmente um sonho que se tornou realidade", acrescentou, parecendo relaxado depois de terminar outra entrevista com Emmanuel Adebayor, o melhor jogador africano de 2008 do Togo.
Kanu e Okocha como inspirações
O avançado lidera uma seleção repleta de talentos no ataque e o objetivo de Osimhen é levar o país ao primeiro título da CAN desde 2013.
Isso permitiria ocupar um lugar ao lado de grandes nomes nigerianos como Nwankwo Kanu e Jay-Jay Okocha, este último integrante da seleção que venceu a CAN de 1994.
"Eu costumava falar com Nwankwo Kanu e Jay-Jay Okocha. Acho que devo muito do meu sucesso a eles, porque foram uma espécie de inspiração para mim enquanto crescia", disse Osimhen, que se anunciou como o melhor marcador do Campeonato do Mundo de Sub-17 em 2015.
"Estar na mesma categoria que eles - não que eu seja melhor do que eles em termos de futebol, mas em termos do que conquistei - acho que é enorme para mim", destacou.
Osimhen acaba de assinar um novo contrato com o Nápoles, onde insiste que está feliz e tem "uma boa relação" com o presidente Aurelio De Laurentiis.
Experiências passadas
As suas experiências anteriores na CAN foram frustrantes, uma vez que quase não participou quando a Nigéria - com Odion Ighalo a liderar o ataque - terminou em terceiro lugar em 2019 e depois falhou completamente a edição de 2022.
"Em 2019, quando cheguei, Ighalo estava lá. Ele é um irmão mais velho para mim, por isso foi importante para mim passar por este processo de aprendizagem com ele, para obter esta experiência", disse Osimhen.
"Era para estar nos Camarões, mas é claro que tive a minha lesão facial. Agora estou aqui. É um sonho que se tornou realidade para mim. Não quero colocar-me no centro das atenções, mas é claro que muita gente diz isso. Acho que sou mais um jogador de equipa. Acho que temos a qualidade necessária para fazer um torneio muito bom, do qual nos possamos orgulhar", defendeu a estrela da seleção orientada pelo português José Peseiro.
"O primeiro jogo foi realmente dececionante. Precisamos de garantir que vamos acertar no próximo jogo, que é contra um adversário mais difícil", rematou.