Alto: A festa da Taça no Reino Unido
A Taça, seja em que país for, oferece sempre uma oportunidade de mostrar um dos motivos que fazem o futebol ser tão apaixonante. Equipas de escalões inferiores têm oportunidade de se testarem contra adversários de primeira qualidade e as surpresas estão sempre à espreita.
Este fim-de-semana foi de taça em Inglaterra e Escócia e com duas quedas estrondosas. Num verdadeiro duelo de David contra Golias, o Plymouth, último classificado do Championship (segunda divisão) recebeu o Liverpool, líder da Premier League e a conhecida história da bíblia concretizou-se no Home Park. Um penálti de Ryan Hardie foi o suficiente para o David superar o Golias (1-0).
Mais a norte, o secundário Queen’s Park produziu uma das maiores surpresas do futebol escocês ao eliminar Rangers (0-1) na Taça da Escócia, em pleno Ibrox. Considerado o clube mais antigo daquele país, o Queen’s Park não vencia o Rangers desde 1882 e vai disputar os quartos de final da prova pela primeira vez desde 1983. Para os protestantes, a derrota com o rival de Glasgow ditou a eliminação às mãos de um conjunto secundário, o que não acontecia desde 1966/67. Uma tarde para esquecer, sobretudo para o capitão James Tarvernier que viu Calum Ferrie defender um penálti nos acréscimos.
Baixo: Adana desiste
A 23.ª jornada do campeonato turco fica manchada pela decisão do Adana Demirspor em abandonar o jogo com o Galatasaray. Depois de terem visto Morata inaugurar o marcador com um penálti aos 12 minutos, os jogadores de Mustafa Alper Avci não conseguiram gerir a frustração quando uma nova grande penalidade foi assinalada aos 34 minutos a castigar falta de Semih Guler sobre Dries Mertens.
Depois de se recolherem no balneário, os atletas recusaram-se a regressar ao relvado do Rams Park e a partida foi mesmo abandonada. O protesto levou à saída do presidente Bedirhan Durak e resta saber qual vai ser a decisão da Federação para com um clube que já foi esta época penalizado e que soma cinco pontos em 21 jornadas, estando a 18 da salvação.
Alto: A cantiga é uma arma
A vencer por 0-2, o Betis foi surpreendido nos Balaídos e acabou derrotado (3-2) pelo Celta Vigo, com Swedberg a ser o herói dos galegos. Contudo, a maior derrota do clube andaluz foi mesmo fora das bancadas, com alguns adeptos de cara tapada a fazerem saudações nazis.
A resposta dos homens da casa? Utilizar a cantiga como uma arma. Quando restavam apenas os adeptos do Betis nas bancadas, o sistema de som no estádio entoou o Bela Ciao, música italiana da resistência antifascista, e Grândola Vila Morena, canção de Zeca Afonso que serviu como senha para dar início à revolução de Abril em Portugal.
Baixo: Os 17 minutos de Fermín
Fermín López não aproveitou da melhor maneira a oportunidade concedida por Hansi Flick. Lançado ao intervalo do jogo em Sevilha, o médio espanhol teve apenas 17 minutos em campo, numa verdadeira montanha-russa de emoções.
54 segundos após entrar em campo abriu o ativo ao responder ao cruzamento de Pedri. 17 minutos depois entrou de forma imprudente sobre Djibril Sow e deixou o Barcelona reduzido a 10 para o que restava da partida (que acabou por vencer 1-4).
Desde Vitor Roque, em fevereiro de 2024, que um jogador do Barcelona não marcava e era expulso no mesmo jogo. De resto, foi apenas a segunda vez que aconteceu no século XXI. Um lugar na história que o médio não deveria querer ocupar.
Alto: De volta ao topo
Grande dominador do futebol neerlandês com 36 títulos, o Ajax não tem atravessado anos fáceis. Nas últimas duas épocas viu os principais rivais sagrarem-se campeões (Feyenoord em 2023 e PSV em 2024) e no último ano terminou mesmo em quinto lugar, atrás de Twente e AZ Alkmaar.
Contudo, a normalidade parece ter sido resposta neste fim-de-semana. Aproveitando o deslize do PSV na receção ao Willem II, o emblema de Amesterdão, orientado por Francesco Farioli, venceu o Fortuna Sittard e subiu ao primeiro lugar da Eredivisie, com 51 pontos, os mesmos do rival de Eindovhen. Desde novembro de 2022 que não se via o Ajax no topo.
Baixo: Um azar nunca vem só
Em Portugal é comum ouvir-se dizer que um azar nunca vem só, e o Benfica testemunhou a veracidade dessa expressão, infelizmente para o treinador Bruno Lage. A vencer por 2-1 o Moreirense em casa, os encarnados iam controlando o jogo, mas tudo pareceu ruir aos 33.17 minutos.
Numa tentativa de pressionar Benny, Alexander Bah lesionou-se com gravidade e foi rendido por António Silva. Aos 33.42 minutos, Manu Silva tentou intercetar uma bola e foi forçado a deixar o relvado com bastantes dores.
No dia seguinte a confirmação do pior cenário: ambos romperam o ligamento cruzado e não voltam a jogar esta época. Bah é o único lateral-direito de raiz do plantel principal (Tomás Araújo, um central, ou Aursnes, um médio, são os candidatos à posição), Manu Silva tinha chegado no mercado de inverno por 12 milhões de euros e fez apenas dois jogos.
Alto: A resposta de Kolo Muani
Descartado por Luis Enrique no PSG, Kolo Muani ganhou uma segunda vida na Juventus. O avançado francês bisou diante do Como e além de ter garantido a vitória da Vecchia Signora, tornou-se no primeiro jogador a marcar nos três primeiros jogos na Serie A, desde que a vitória passou a valer três pontos.
Contas feitas são cinco golos em três jogos com a camisola da Juventus, mais de metade do que os nove que marcou nos 40 encontros realizados com a camisola do PSG na temporada passada. Uma mudança de ares que parece ter beneficiado toda a gente.
Baixo: Isto não é futebol
Pela segunda semana consecutiva voltam a verificar-se confrontos violentos no futebol brasileiro. Este domingo, antes do clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, os adeptos da Raposa foram atacados por membros afeto ao Galo com barras de ferro e material pirotécnico.
Mais de 100 pessoas estiveram envolvidas na escaramuça que deixou dois indivíduos em estado grave. Um deles, com 26 anos, terá mesmo perdido massa encefálica.
Isto não é futebol.