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No sábado à tarde, o Manchester City de Pep Guardiola vai disputar em Wembley a sua terceira final consecutiva - a 144.ª da competição -, à semelhança do que aconteceu com o Chelsea entre 2019/20 e 2021/22 e com o Arsenal entre 2000/01 e 2002/03 e entre 1977/78 e 1979/80.
Sem esquecer os três títulos do Manchester United nas épocas 1993/94 a 1995/96 e a participação do Everton em três finais de 1983/84 a 1985/86.
Palace procura vencer a Taça de Inglaterra à terceira tentativa
O City vai disputar a sua 14.ª final da Taça de Inglaterra, depois de ter conquistado o troféu sete vezes, o que o coloca atrás apenas de Arsenal (14), Manchester United (13), Chelsea, Liverpool e Tottenham (oito vitórias cada) na lista de todos os tempos.
O Crystal Palace, por outro lado, está a disputar apenas a sua terceira final, tendo perdido as duas anteriores para o Manchester United (1990 e 2016).
Juntamente com o Queen's Park Rangers (1884 e 1885), o Birmingham City (1931 e 1956) e o Watford (1984 e 2019), o Palace faz parte de um grupo restrito de clubes que disputaram duas finais e perderam ambas.
Apesar de ter sido a pior época do City desde há algum tempo, tanto em termos de desempenho como de pontos conquistados, a história pesa fortemente a seu favor para este jogo.
Para começar, estão invictos nos últimos sete encontros com o Crystal Palace em todas as competições (quatro vitórias, três empates), desde uma derrota por 2-0 na Premier League em outubro de 2021, e também ganharam os últimos três encontros da Taça de Inglaterra contra os Eagles por um agregado de 18-4.
O encontro mais recente aconteceu na quarta ronda em 2016/17, com os visitantes a vencerem no Selhurst Park por 0-3.
Guardiola não quer ver uma repetição da final de 2024
Depois de ter perdido a final da época passada, o Manchester City quer evitar uma repetição. Se levantar o troféu, Guardiola terá vencido a Taça de Inglaterra três vezes (2019, 2023, 2025) e a Taça da Liga em quatro ocasiões (2018, 2019, 2020, 2021), tornando-se o segundo treinador, depois de Alex Ferguson (cinco Taças de Inglaterra, quatro Taças da Liga), a vencer três ou mais vezes as duas principais competições nacionais inglesas.
Embora o City tenha perdido apenas seis dos seus últimos 44 jogos da Taça de Inglaterra (38 vitórias, nenhum empate), cinco dessas derrotas ocorreram em Wembley.
O Palace sofreu apenas um golo no caminho para a final e marcou três nos jogos da quinta ronda, quartos de final e meias-finais desta época.
Glasner é o primeiro austríaco na final da Taça de Inglaterra
Oliver Glasner torna-se o primeiro austríaco a dirigir uma equipa numa final da Taça de Inglaterra, embora possa vir a ser o terceiro estreante (em termos de nacionalidade) depois do alemão Thomas Tuchel (contra o Leicester em 2021) e do israelita Avram Grant (contra o Chelsea em 2010) a perder este jogo.
Também podemos estar perante um clássico, uma vez que ambas as equipas marcaram dois ou mais golos em cada um dos últimos quatro encontros, incluindo dois empates 2-2, bem como vitórias do City por 4-2 e 5-2.
Se o jogo for decidido por um lance individual, o Palace pode contar com o craque Eberechi Eze, enquanto Kevin de Bruyne certamente manterá o City ligado durante os mais de 90 minutos.
Eze esteve envolvido em quatro golos nos seus últimos quatro jogos na Taça de Inglaterra (três golos e uma assistência), incluindo aquele que colocou o Palace a ganhar por 1-0 na sua vitória nas meias-finais contra o Aston Villa.
O jogador chega à melhor forma na altura certa para o Palace, depois de não ter marcado qualquer golo ou feito qualquer assistência nas suas primeiras 14 participações na competição.
De Bruyne será mais uma vez fundamental para o City
Esta final será provavelmente a despedida de De Bruyne e também a sua quarta participação na final da FA Cup com o City. Nas suas três últimas finais, marcou um golo e fez três assistências, pelo que os Eagles têm de estar atentos.
Se o belga entrar no seu ritmo metronómico, ditará o ritmo do jogo, o que representará um perigo para a equipa do sul de Londres.
No entanto, a dupla de ataque não é a única a ter em atenção.
Nico O'Reilly surgiu como um jogador de peso em 2024/25 e participou em cinco gols na Taça de Inglaterra desta temporada (três golos e duas assistências). Apenas Josh Magennis, com seis, participou em mais golos na competição esta época.
Se for o Palace a precisar de um golo mais tarde no jogo, Glasner pode apostar na entrada de Eddie Nketiah.
O antigo jogador do Arsenal esteve envolvido num golo em cada uma das suas últimas três participações na Taça de Inglaterra (dois golos e uma assistência), todas como suplente. Também já venceu a Taça de Inglaterra uma vez, jogando oito minutos na vitória dos Gunners por 2-1 sobre o Chelsea em 2020.
A pressão está toda do lado do Manchester City
Tendo em conta a situação em que o Palace se encontrava no início da época - com apenas uma vitória nos primeiros 13 jogos da Premier League - é um triunfo que Glasner tenha dado a volta à época e os tenha feito chegar até aqui.
A relativa inexperiência na final pode ser um obstáculo, mas, com toda a pressão sobre o City para conquistar algo no final de uma temporada para esquercer, pode ser que à terceira seja de vez para os Eagles.
