Dia M: Matheus e Marcano voltam a marcar presença numa final entre dragões e arsenalistas

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Dia M: Matheus e Marcano voltam a marcar presença numa final entre dragões e arsenalistas
O SC Braga venceu a final da Taça de Portugal de 2016, frente ao FC Porto
O SC Braga venceu a final da Taça de Portugal de 2016, frente ao FC Porto
Profimedia
Pela quarta vez na história da Taça de Portugal, SC Braga e FC Porto voltam a encontrar-se na final da prova rainha do futebol português. O último jogo aconteceu em 2016 e caiu para os minhotos, que bateram o rival no desempate das grandes penalidades.

A salvação

Recuando no tempo, SC Braga e FC Porto subiram ao relvado do Jamor à procura de salvar a temporada, depois de não terem conquistado qualquer título nas competições que antecederam a final da Taça de Portugal 2015/2016.

Ainda assim, o cenário das duas equipas era bastante diferente. Os minhotos, treinados por Paulo Fonseca, apresentavam-se em crescimento e essa final surgia numa temporada em que o clube cimentara o quarto lugar do campeonato, já depois de ter chegado aos quartos de final da Liga Europa e às meias-finais da Taça da Liga.

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Por seu turno, os dragões continuavam aquém das expetativas, com José Peseiro ao leme. Nesse ano, o FC Porto ficou arredado bastante cedo da decisão do título de campeão nacional e terminou na terceira posição, a 15 pontos do campeão Benfica. Na Taça da Liga e na Liga dos Campeões não passou da fase de grupos e na Liga Europa foi eliminado logo na primeira eliminatória da fase a eliminar.

Logo, esta final vestia-se de grande importância para os dois conjuntos. O que aconteceu no relvado do Jamor ficou para a história, perdurando os golos de Rui Fonte e Josué e o bis do menino André Silva, que salvou o FC Porto e levou o jogo para as grandes penalidades. Os bracarenses acabaram por vencer e voltaram a erguer o troféu 50 anos depois.

O reencontro

Olhando para a ficha de jogo desse encontro, saltam à vista os nomes de Matheus e Marcano, os únicos que se mantêm nos plantéis das duas equipas e deverão ser titulares na final deste domingo. Tiago Sá também compunha o plantel de Fonseca, mas viu essa final desde a bancada. Do outro lado encontramos ainda Silvestre Varela que, até esta temporada, estava ligado aos dragões (atuou na equipa B nas últimas épocas).

Recorde aqui a final de 2016

Voltando ao brasileiro e ao espanhol, o guarda-redes pode conquistar o troféu pela terceira vez ao serviço dos minhotos, apesar de nunca ter jogado uma final no Jamor. Em 2021 foi titular e ajudou o SC Braga a bater o Benfica (2-0), mas essa final foi disputado em Coimbra devido à COVID-19.

A outra final aconteceu precisamente frente ao FC Porto e em 2016. No entanto, o guarda-redes, então com 24 anos tinha perdido a titularidade para Marafona e sentou-se no banco de suplentes, acabando por não participar nesse duelo.

A história de Ivan Marcano acaba por ser substancialmente diferente. A cumprir o segundo ano de dragão ao peito, o defesa-central que tinha à data 29 anos era peça fundamental nas opções de Paulo Fonseca e preparava-se para disputar pela primeira vez a final da prova rainha.

Como é sabido, o jogo acabou por não correr bem ao espanhol, que ficou ligado a um dos golos dos arsenalistas e no final viu o adversário erguer o troféu na tribuna do Jamor. Ainda assim, se há exemplo de vitalidade no balneário portista, um desses nomes é o de Marcano. O central cumpre a oitava temporada nos dragões e, aos 35 anos, continua a ser titular.

Marcano foi titular em 2016
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Os dados estão lançados e falta apenas sabermos quem vai levar a melhor na final deste domingo. Aconteça o que acontecer no Jamor, para a história ficam estes dois exemplos de superação e de vivacidade, já que falamos de dois profissionais que juntos totalizam 76 anos (Matheus tem 31, Marcano 35).

O que mudou em sete anos?

Já falámos dos jogadores e da forma como os balneários mudaram de 2016 até aos dias de hoje, mas essa mudança não se espelha apenas nas transferências efetuadas desde então. É certo que falamos de dois clubes que têm o mesmo presidente há várias décadas, mas também é certo que SC Braga e FC Porto marcaram o futebol português nos últimos sete anos.

Olhando para os bracarenses, depois da conquista de 2016, Paulo Fonseca deixou o cargo e seguiu-se uma temporada instável, que foi a exceção e não a regra. Apesar de José Peseiro, Jorge Simão e Abel Ferreira terem orientado a equipa nesse ano, o clube conseguiu chegar à final da Taça da Liga, já depois de ter disputado a Supertaça.

O troféu seguinte só viria a ser levantado em 2020, precisamente contra o FC Porto. Falamos da Taça da Liga (1-0), já com Rúben Amorim ao leme e depois de Abel ter dado mais um passo importante no crescimento do clube, e de Sá Pinto, Custódio e Artur Jorge terem passado pelo cargo.

Pinto da Costa e António Salvador contribuíram para o sucesso dos seus clubes
LUSA

Seguiu-se Carlos Carvalhal e mais uma conquista: a Taça de Portugal em 2021. A Supertaça do ano seguinte voltou a ser perdida, mas para a eternidade ficam as oito finais disputadas nos últimos oito anos - a contar com esta - e os três troféus conquistados. Juntam-se ainda dois pódios da Liga e duas presenças nos quartos de final da Liga Europa.

Nos dragões a estória e o crescimento são idênticos, embora num panorama substancialmente diferente, que contempla menos treinadores, mais títulos - a exigência também é maior - e, claro, um orçamento bastante diferente.

Sérgio Conceição quer conquistar o troféu pela segunda vez consecutiva
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Depois de José Peseiro - que sucedeu a Julen Lopetegui e Rui Barros - foi a vez de Nuno Espírito Santo assumir o cargo, mas o sucesso continuava a não aparecer e o rival Benfica reinava em Portugal. Não alheio a isso, Pinto da Costa apostou num treinador à FC Porto, que conhece bem o clube, e a aposta revelou-se certeira.

Em seis temporadas - a contar com a atual -, Sérgio Conceição levou os dragões a 13 finais, conquistou nove troféus e recolocou o FC Porto na rota dos títulos e do sucesso. Juntam-se ainda quatro presenças na fase a eliminar da Liga dos Campeões, duas delas nos quartos de final. Conseguirá o treinador de Coimbra levar a melhor sobre a antiga equipa e erguer mais um troféu?

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