O ouro estava no prolongamento: FC Porto vence Famalicão (3-2) e está na final da Taça

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O ouro estava no prolongamento: FC Porto vence Famalicão (3-2) e está na final da Taça

Atualizado
Estádio do Dragão recebe o FC Porto-Famalicão
Estádio do Dragão recebe o FC Porto-FamalicãoOpta by Stats Perform/LUSA
O FC Porto venceu esta quinta-feira o Famalicão, por 3-2, apenas após prolongamento, na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Depois do triunfo em Vila Nova de Famalicão, os dragões foram forçados a horas extras e só mesmo para lá dos 120 minutos é que Otávio tirou um coelho da cartola, antes de Evanilson, no ocaso do jogo, fechar o marcador.

Recorde as incidências do jogo

Sérgio Conceição, que esta noite igualou José Maria Pedroto como treinador com mais jogos (322) no comando técnico do FC Porto, voltou a apostar em Cláudio Ramos na baliza, tal como aconteceu em todos os jogos da Taça de Portugal, operando mais quatro alterações em relação à equipa que venceu o Boavista, por 2-0, no campeonato: Fábio Cardoso, Galeno, Grujic e Toni Martínez substituiram Marcano, castigado, bem como Eustaquio, Evanilson e Taremi.

Já do lado do Famalicão, nova revolução. João Pedro Sousa tinha alterado oito jogadores no duelo com o Sporting, mantendo apenas quatro nomes dessa equipa inicial: Luiz Júnior, Otávio, Riccieli e Colombatto.

Os onzes de FC Porto e Famalicão
Os onzes de FC Porto e FamalicãoFlashscore

Reação e resposta

Em desvantagem na eliminatória, o Famalicão tentou tomar conta das operações. Logo aos oito minutos, após perda de bola de Grujic, Penetra tentou servir Cádiz, que não chegou a tempo ao cruzamento do central transformado em lateral.

Depois, aos 18 minutos, novo erro do FC Porto, agora de Cláudio Ramos, valendo Grujic no corte quando Ivo Rodrigues já ganhava balanço para rematar.

O Famalicão forçava e o golo chegou mesmo, aos 21 minutos, na sequência de uma bola parada: Ivo Rodrigues bateu o livre e Cádiz, nas alturas, acompanhado por Riccieli, num desvio tão pequeno quanto eficaz, perante Toni Martínez, a inaugurar o marcador e a deixar tudo empatado na eliminatória.

A reação do FC Porto chegou de imediato, aos 23 minutos, com Toni Martínez a ganhar um ressalto e a servir Uribe, que caiu na grande área. Manuel Mota ouviu o VAR, foi ao monitor rever o lance entre Uribe e Dobre, e assinalou mesmo grande penalidade e consequente cartão amarelo ao romeno do Famalicão. Na cobrança do penálti, Luiz Júnior para a esquerda, bola de Galeno para a direita e o 1-1 no marcador, da autoria do extremo luso-brasileiro.

Aos 31 minutos, novamente Toni Martínez em evidência: toque de calcanhar de Pepê, Grujic a desmarcar o avançado espanhol e o remate desviado para canto por Luiz Júnior.

Respondeu, uma vez mais, o Famalicão, aos 34 minutos: cruzamento de Penetra e Cádiz, de primeira, a atirar para defesa de Cláudio Ramos, com Dobre, na recarga mas já em fora de jogo, a atirar às malhas laterais.

O VAR dá, o VAR tira

Aos 38 minutos o mesmo Luiz Júnior, que tinha brilhado momentos antes, diante de Toni Martínez, saiu da baliza sem motivo aparente, Toni Martínez fugiu à defesa do Famalicão, driblou o guarda-redes brasileiro e serviu Galeno para o 2-1. O golo, no entanto, foi anulado por fora de jogo do avançado espanhol na desmarcação inicial.

Aos 44 minutos, na recarga a uma tentativa de Iván Jaime, Penetra tentou o perigo de longa distância, mas a bola saiu por cima da barra da baliza de Cláudio Ramos.

Estatística do jogo ao intervalo
Estatística do jogo ao intervaloFlashscore

Apanha-me se puderes

Na segunda parte o Famalicão entrou novamente forte mas foi aos 52 minutos que uma outra correria captou atenções: um adepto invadiu o relvado e correu na direção de Otávio, com o médio internacional português a acompanhá-lo até fora das quatro linhas.

Euforia de um adepto, susto para os restantes 28013, em cima da hora de jogo, quando Iván Jaime disparou de meia distância, Cláudio Ramos ainda tocou, a bola espirrou no poste e saiu para canto.

Sérgio Conceição não esperou mais, tirou Manafá e Grujic, lançando André Franco e Taremi.

Depois do aviso, o castigo

Aos 75 minutos o FC Porto ainda ensaiou um contra-ataque rápido, com Pepê a servir Taremi, o iraniano a devolver e o remate do brasileiro a rematar, contra Riccieli, e a bola a perder-se.

Na sequência, o castigo para nova desatenção do dragão: Ivo Rodrigues bateu um livre a meio-campo, lançou Iván Jaime no flanco esquerdo e o espanhol entrou na área e, com Fábio Cardoso pela frente, rematou cruzado, batendo Cláudio Ramos para fazer o 2-1 e empatar novamente a eliminatória.

Tal como na primeira parte, o FC Porto tentou a reação imediata e aos 78 minutos Toni Martínez serviu Uribe, que rematou ao lado da baliza de Luiz Júnior.

Aos 81 minutos Sérgio Conceição voltou a mexer, lançando Evanilson e Rodrigo Conceição para os lugares dos esgotados Toni Martínez e Pepê.

Aos 86 minutos, uma vez mais de bola parada, o Famalicão pertíssimo do golo que garantiria o passaporte para a final: livre direto batido da direita e Penetra, à segunda tentativa, a atirar para belíssima defesa de Cláudio Ramos.

Respondeu o FC Porto, num lançamento longo para Evanilson, que bem se esticou mas não conseguiu o desvio, já dentro da área. E foi quando Colombatto caiu no relvado, queixando-se de cãibras, e os nervos floresceram, sobretudo os de Pepe, levando a enorme discussão no relvado, primeiro com Manuel Mota, depois envolvendo também Sérgio Conceição.

Uma espécie de timeout, enquanto o jogador do Famalicão era assistido, e com Pepe a queixar-se de ter sido insultado, possivelmente de índole racista, por Colombatto, levando à reação intempestiva do capitão do FC Porto.

No meio de tudo isto, Manuel Mota deu sete minutos de compensação, acrescentou mais uns quantos mas o jogo foi mesmo para prolongamento.

Nervos e pouco mais

Para o prolongamento João Pedro Sousa lançou Gustavo Sá e Denilson Júnior nos lugares de Cádiz e Ivo Rodrigues, enquanto Sérgio Conceição apostou em Zaidu no lugar de Wendel.

Ora o primeiro remate do tempo extra teve como protagonista Iván Jaime, servido por Gustavo Sá, de calcanhar, mas à figura de Cláudio Ramos, aos 94 minutos. Aos 100 minutos foi Sanca, num remate ao lado, controlado por Cláudio Ramos.

A segunda parte do prolongamento teve mais paragens do que propriamente bom futebol e oportunidades de golo, com os treinadores a lançarem as últimas apostas para o tabuleiro: Rúben Lima no lugar de Iván Jaime, no Famalicão, e Eustaquio por Fábio Cardoso, no FC Porto.

O ouro estava guardado do bandido

A obra-prima estava mesmo guardada no cofre, à espera dos derradeiros segundos. Foi já depois de Taremi, aos 119 minutos, após cruzamento de Zaidu, ter cabeceado ligeiramente ao lado da baliza de Luiz Júnior, que falhou a saída, que Otávio tirou... o coelho da cartola.

Um minuto para lá dos 120', Uribe fez o lançamento lateral, a bola pingou na área e sobrou para Otávio que, com uma bomba de fora da área, rematou ao ângulo da baliza de Luiz Júnior. Uma maravilha a colocar o FC Porto na final, a alegria a tomar conta do Dragão e Sérgio Conceição a ser expulso, após invadir o relvado e ainda provocar o banco do Famalicão, protestando na cara do árbitro já depois de ver o cartão vermelho.

Bola ao centro, lançamento no meio-campo do FC Porto, Famalicão balanceado no ataque e Taremi a isolar Evanilson, quatro minutos para lá dos 120, para fechar o marcador. É que, afinal, o dragão ainda foi a tempo de ganhar. E está na final da Taça de Portugal, onde vai encontrar o SC Braga.

Estatística final do jogo
Estatística final do jogoFlashscore

Homem do jogo Flashscore: Iván Jaime (Famalicão)