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Sérgio Conceição confirma a ausência de Pepe da final da Taça de Portugal

Sérgio Conceição falou aos jornalistas
Sérgio Conceição falou aos jornalistasFC Porto
O treinador do FC Porto projetou a final da Taça de Portugal diante do Sporting. Deixou elogios a Rúben Amorim e à equipa leonina, confirmou a ausência de Pepe e abordou o futuro.

Final: “A minha opinião sobre o jogo e começo por dar os parabéns ao Rúben Amorim e ao Francisco Trincão porque não são conferências fáceis, porque é mais pelo clique agora do que pela verdadeira opinião do que pelo sentimento que nós jogadores e treinadores vivemos neste momento. Espero um jogo complicado perante uma equipa que não perde desde março, extremamente bem orientada, com uma equipa técnica e um treinador com qualidade, jogadores fortes, coletivamente forte. Eu penso o mesmo da minha equipa. Trabalhámos de forma a num jogo que pode ter prolongamento e penáltis para ganhar. É mais um titulo importante para o clube.”

Pepe: “Até à hora de subir as escadas para aqui tive uma última tentativa de perceber o estado físico. Infelizmente não pode dar o contributo amanhã (domingo). Tem evoluído de forma positiva, mas vamos jogar com outro jogador no lugar do Pepe e com ele no banco a dar aqui essa força, com a capacidade que tem de ser um líder".

Onze do Sporting: “Não é difícil. Diogo Pinto é evidente. Diomande, Coates e o Gonçalo Inácio vão ser o trio de centrais. Nas alas será o Geny Catamo e o Nuno Santos, depois o Hjulamnd e Morita no meio-campo. Na frente o Trincão, Gyokeres e Pedro Gonçalves. Penso que vai ser esse o onze. Mas trabalhámos com a possibilidade de aparecer um Paulinho, por exemplo".

Bater o Sporting: "Eu acho que o importante nestes jogos, em termos daquilo que são as características, é ser fiéis ao que somos como equipa. Isso adquire-se naturalmente pelo trabalho diário. A intensidade, o plano traçado para o jogo, e cada um estar ao mais alto nível. E, depois, a paixão. Acho que se vivermos este jogo com essa paixão, vai tudo correr bem."

Futuro: "Passou pela cabeça que possa ser o último jogo. O mais importante é a final Taça, porque o meu futuro não depende de nenhuma conversa. Quem decide o meu futuro sou eu. E se o meu futuro for sair do FC Porto é com um sentimento de imensa gratidão e de dever cumprido. Quando o meu pai me deixou no estádio das Antas tive a sensação de que tudo era enorme, foi inacreditável. Hoje é exatamente o mesmo. Sou eu que vou decidir, mas com a sensação dever cumprido. Em três anos de Fair-Play financeiro, dois de pandemia e este de eleições, que afetou, conseguimos ganhar tantos títulos como os rivais. Vou sair com a mesma dignidade com que entrei. Se amanhã for o último jogo, o FC Porto paga-me até amanhã e vou-me embora sem levar mais um tostão. Foi muito falada a minha assinatura dois dias antes das eleições, mas para mim é inegociável a gratidão e o respeito pela pessoa que tem mil e tal títulos pelo clube. A partir desse momento, os caminhos dividem-se e nem um tostão quero do FC Porto. Que fique bem claro, tinha de soltar isso".

Pinto da Costa no banco: "Já me manifestei sobre isso e não vale a pena voltar a falar de algo que, por duas ou três vezes".

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Palavras de Varandas: "Estive atento às declarações de Rúben Amorim e do Trincão, dois intervenientes do jogo. Não estou atento ao que outras pessoas que não pertencem à ficha de jogo dizem."

Primeiro a vencer quatro Taças: "Eu não vivo com isso. Faz parte do que são uns anos de muita dedicação, muita paixão, trabalho e sacrifício, mas também de muitas horas que faltei à minha família para poder ganhar. Estou completamente focado como se amanhã fosse o meu primeiro título. O passado é história. Tenho muito respeito por cada uma das pessoas que fazem parte dela, como é o caso do nosso presidente. Mas mais importante, é o titulo que está em disputa amanhã, porque é o próximo".

Cervejinhas com Rúben Amorim: "Essas declarações do Rúben foram sinceras porque acho que àquela hora acho que não tivesse bebido umas cervejinhas. Eu quando perco sou uma pessoa difícil em casa, perco o apetite e essa cervejinha já não entra.. Esta conferência, eu achava-a bonita fazer aqui com o Rúben ao meu lado, não me importava nada e tinha todo o gosto. No final já é difícil porque são estados de espírito diferentes. Tão competitivos como somos seria difícil. Três dias depois, se calhar, passando a azia ou a euforia, seria mais fácil como dois treinadores e dois homens do futebol".

Plano para o Sporting: "É uma equipa e parece fácil de desmontar, com muita largura, a atacar a profundidade com muita facilidade, mas depois fica difícil se não estivermos focados, concentrados e trabalharmos situações para contrariar. É um treinador com muitas nuances durante o jogo. Tem evoluído ao longo do tempo e tem sido um treinador muito capaz e que com certeza vai ter um futuro muito brilhante. A solidez e consistência que tem tido ao longo deste tempo diz-me isso. Não digo que é o mais difícil".

Pressão: “Faz parte do jogo. É verdade que o Sporting não conquista há muito tempo uma dobradinha, nos conquistámos duas nestes sete anos. O Sporting tem vontade de fechar o ano da melhor forma, nós temos vontade de beber duas cervejinhas no final para festejar. Faz parte do jogo".

Palavras de Rúben Amorim: “Eu desejo que ele tenha muita saúde, ele e a família. Quando defrontamos os melhores temos sempre a ganhar, evoluímos, temos de arranjar formas e estratégias de desmontar o plano do outro treinador. Isto é um bocadinho a luta do gato e do rato. Com um conhecimento tão profundo o que se pode fazer ainda... Quem é o rato? Nós somos dragões”.

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