Girona 3-1 Rayo Vallecano
Na Catalunha, o Girona precisou de apenas 10 minutos para resolver a eliminatória e nem foi o melhor dia para equipa sensação da LaLiga, que ainda levaram um susto nos primeiros minutos, com Nteka a surgir isolado, mas a tropeçar e a desperdiçar na cara de Juan Carlos.
Os homens de Míchel aprenderam o que não fazer e começaram a controlar a bola e a deixar Tsygankov entrar no jogo. Depois de tentar ele próprio e de encontrar uma boa resposta de Cárdenas, o ucraniano decidiu combinar com Portu para assistir Stuani e o uruguaio festejar o primeiro golo do jogo.
E apenas um minuto depois, Mumin atrapalhou-se, perdeu a bola para Portu e derrubou-o dentro de área. Stuani, à Panenka, não desperdiçou o presente para marcar o 2-0.
O Girona estava solto, ansioso por matar o jogo o mais depressa possível, e Daley Blind juntou-se ao festival ofensivo, aproveitando mais um passe de Portu. Ainda não tínhamos chegado à meia hora de jogo e, em apenas dez minutos, o líder da LaLiga já tinha garantido o seu lugar nos quartos de final da Taça.
Mas o Rayo, felizmente, não baixou os braços, longe disso. Pelo contrário. A equipa de Francisco partiu para o ataque e visaram a baliza por duas vezes. Na primeira, De Frutos acertou na trave. Na segunda, Nteka aproveitou um erro de Solis para fazer um bom remate rasteiro que bateu Juan Carlos .
As intenções de entrar no jogo continuaram após o intervalo, facilitadas por uma equipa do Girona demasiado relaxada e na qual Savinho, Portu e Couto abusaram do drible. De Frutos e De Tomás tiveram remates fracos ou desviados, e Nteka perdeu uma oportunidade de ouro a dois metros da baliza por não ter rematado de primeira. O Rayo estava no jogo, mas não estava a arrombar a porta.
Com a entrada de Aleix Garcia, os catalães reactivaram o jogo de passes para abrandar o ritmo. Mas os madrilenos não estavam dispostos a dar tréguas e insistiam em testar os reflexos de Juan Carlos. Quem mais se aproximou foi o recém-entrado Falcao, que se descontrolou e não conseguiu rematar com clareza. Savinho, aos 89 minutos, esteve perto de sentenciar a partida, mas a trave impediu o quarto golo.
No final, e após apenas dois minutos de descontos, o Girona pôde respirar e continuar a sua espetacular época com um lugar nos quartos de final da Taça do Rei.
Osasuna 0-2 Real Sociedad
O Osasuna entrou muito ativo em campo e conseguiu incomodar a defesa da Real Sociedad. Houve até alguma polémica com uma ação em que Budimir caiu dentro da área do Gipuzkoa, mas o árbitro não considerou que houvesse algo.
Apesar de todas as tentativas dos encarnados, nenhuma aproximação se concretizou e o jogo entrou num período de calma em que os Txuri-urdin tiveram posse de bola, com alguns momentos de protagonismo navarro, mas as oportunidades foram notórias pela ausência. Uma calma tensa que tinha de ser quebrada em algum momento, mas sob a qual decorreu todo o primeiro ato desta eliminatória dos oitavos de final da Taça do Rei.
A aposta na segunda parte era grande, pois um dos candidatos tinha de se qualificar para a fase seguinte. As duas equipas perceberam isso e ambas avançaram com mais ímpeto para a baliza do adversário.
No entanto, foi o árbitro Hernández Hernández que virou o jogo. Após uma revisão do VAR, trocou um cartão amarelo para Catena por um cartão vermelho que levou o Osasuna a um final de jogo muito angustiante. Tudo se resumiu a uma grande penalidade sobre Le Normand que Mikel Oyarzabal converteu para fazer o 0-1.
Mais de meia hora para os rapazes de Imanol Alguacil jogarem à vontade contra 10 jogadores e um Sadar que tinha caído após o duro golpe foi o menu para o resto do jogo.
A equipa de Jagoba Arrasate não se intimidou com o revés e avançou em busca do empate. Com a sua pressão, conseguiram encurralar os bascos na sua área e tiveram alguns lances de perigo, mas os visitantes aguentaram, oito minutos de descontos e um golo de Mikel Merino depois, e avançaram para os quartos de final da Taça do Rei.
Valencia 1-3 Celta de Vigo
A euforia excessiva no desporto não é uma coisa boa. A energia que o público nos transmite, a adrenalina que sentimos no corpo, pode virar-se contra nós mais depressa do que dura um contra-ataque. O Valencia aprendeu isso contra o Celta.
Com o Mestalla a apoiar totalmente, os jogadores colocaram o adversário em desvantagem com um cerco que, no entanto, não lhes permitiu assumir a liderança. E, de repente, aos 12 minutos, ficaram para trás depois de uma má saída de Jaume Domenéch, na sequência de um canto que Luca de la Torre finalizou.
Este golo afundou os Che, que se sentiram ainda mais perdidos quando, pouco depois, Diego López derrubou Miguel na sua área e Douvikas, de grande penalidade, fez o 0-2.
Os comandados de Rafa Benítez tiveram a oportunidade de fazer o 0-3, mas desta vez Jaume colocou o pé na bola no momento certo para evitar o golo e o Valência acabou por reduzir pouco depois, na sequência de um penálti convertido por Pepelu, ex-Tondela e ex-Vitória SC.
O que os homens de Baraja não conseguiram, apesar dos seus esforços, foi chegar ao intervalo com um golo de empate. Não foi por falta de vontade ou intenção de empatar, mas a equipa de Baraja estava cada vez mais ansiosa à medida que os minutos passavam e o Celta resistiu a todas as investidas ofensivas.
O golo que chegou foi o que selou o destino da equipa celeste. Com os valencianos virados para o ataque, um cruzamento da esquerda de Luca encontrou Douvikas, que cabeceou a bola fora do alcance de Jaume e colocou os galegos nos quartos de final.